Os mapas divulgados nesta quinta, dia 18, mostram que a produção é maior na serra, mas se expandiu para a fronteira com o Uruguai e a Argentina.
? É um momento importante e vai contribuir muito para as condições do segmento, como melhoria da qualidade do vinho e mais credibilidade ao setor ? disse o secretário da Agricultura, João Carlos Machado.
Os dados que compõem o cadastro foram coletados de 2005 a 2007 pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que elaborou o projeto em parceria com os governos federal, estadual e o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin). O investimento de R$ 300 mil permite identificar a área, a quantidade e as espécies de uvas produzidas em cada município gaúcho.
A pesquisadora da Embrapa Uva e Vinho Loiva Ribeiro de Mello lembra que em 1995, o grupo mais apto para a produção de vinhos finos eram as cultivares brancas. Agora a tendência das vitiviníferas é para as variedades tintas. Para ela, essa mudança merece uma boa análise.
? Somos um Estado de excelência em termos de espumantes, e esse mercado está aquecido. Contrariamente, os vinhos finos tintos estão sofrendo forte pressão dos importados, e estão sobrando.
O cadastro vitícola é um importante instrumento para combater a comercialização de vinhos falsificados. De acordo com a Câmara Setorial da Uva e do Vinho, 150 milhões de litros desses produtos, considerados de baixa qualidade, chegaram ao mercado no último ano.
? Com o controle adequado entre cadastro vitícola e cadastro vinícola, esse abuso pode ser coibido. O trabalho para isso está sendo feito no Rio Grande do Sul pela Embrapa, mas estamos lutando para estendê-lo para todo o Brasil ? afirmou o presidente da câmara setorial, Hermes Zaneti.