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Cade aprova fusão da Citrosuco com Citrovita, mas impõe acordo

Companhias, que formarão a maior empresa do mundo de suco de laranja, se comprometerão a preservar capacidade de barganha de produtoresO Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou por unanimidade a criação da maior empresa do mundo de suco de laranja, a partir da fusão da Citrosuco/Fischer e da Citrovita, do grupo Votorantim. Determinou, no entanto, que as companhias assinassem um Termo de Compromisso de Desempenho (TCD) visando preservar a capacidade de barganha dos produtores independentes, que se sentem prejudicados pela operação. A votação foi realizada nesta quarta, dia 14.

No documento, as companhias deverão abrir informações aos produtores. Além disso, o Cade determinou o congelamento da expansão de pomares próprios das empresas a fim de reduzir seu poder de barganha sobre os citricultores. Por fim, as empresas terão de assinar contratos de longo prazo com produtores, que terão mais segurança em sua atividade.

O relator do processo, Carlos Ragazzo, explica que sua intenção foi a de preservar ao máximo os citricultores da fusão que cria a gigante. Ele admite, porém, que o acordo não sana todos os desequilíbrios existentes no mercado entre a indústria e os vendedores de laranja.

Ragazzo salienta que, após a fusão anunciada em maio do ano passado, a maior concorrente da empresa, a Cutrale, perderia a liderança. Se aprovado, o negócio criará uma companhia com 45% do mercado produtor de suco de laranja no Brasil, superando a Cutrale, que detém 35%. Ele também destaca que no período de 2003 a 2009 houve retração de 8% do consumo de laranja. No mundo, a queda foi de 6% no mesmo período. Há expectativa de crescimento de mercado no Brasil, já que o consumo per capita é inferior ao de países como Estados Unidos e Canadá.

Poder de barganha

A avaliação feita do poder de barganha gerado pelas empresas não permite dizer, de acordo com o relator, que a perspectiva é positiva para os próximos anos e, no caso da concorrência, não prevê o aumento de rivalidade no mercado.

– A avaliação sobre a imposição de preços aos produtores é complexa, já que a argumentação é a de que os menores custos de produção passem para o preço final para o consumidor e se torne mais competitivo no mercado. Porém, a relação não é direta e pode ocasionar distorções de preços – aponta.

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