O conselheiro Carlos Ragazzo disse que a mudança é mínima no acordo assinado com as duas empresas.
? Os dois pedidos foram aceitos, porque as empresas têm uma participação muito baixa no mercado de carne bovina in natura e na aquisição desses insumos ? afirmou Ragazzo.
Segundo ele, essa liberação é muito fácil de ser reversível.
? Não vai ter integração de estruturas. Elas só vão coordenar aquisição conjunta desses insumos ? explicou o conselheiro.
Ele não soube informar quando o processo de fusão irá a julgamento. Disse apenas que o Cade aguarda a instrução do processo pela Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda e pela Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça. O pedido das empresas começou a ser discutido na sessão do dia 14 de dezembro, mas a discussão foi adiada para esta quarta, por pedido de vista do presidente do Cade, Arthur Badin.
A incorporação da Sadia pela Perdigão foi anunciada em maio do ano passado e a fusão resultou na criação da empresa BRF Brasil Foods, que se tornou a maior empresa de alimentos industrializados do Brasil. Em julho do ano passado, o Cade assinou com as duas empresas o Acordo de Preservação da Reversibilidade da Operação (APRO) mantendo separadas as estruturas da Sadia e da Perdigão. Nesta quarta, com a revisão desse acordo, não foi liberada, segundo Ragazzo, a compra conjunta de carne suína e de aves.