A Faesp pedia a exclusão da Sociedade Rural Brasileira (SRB) como membro integrante do conselho. Esse membro tem direito a voto e voz no Consecitrus e a Faesp queria que a SRB fosse apenas participante, sem direito a voto.
No embargo, a Faesp sustentava que a SRB, que deveria representar os produtores, tem ligações comprovadas com a indústria de suco de laranja e tinha como membro a Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR). Após a demanda ser rejeitada pelo Cade, o presidente da SRB, Gustavo Junqueira, afirmou que “o que interessa agora é colocar o Consecitrus para funcionar”, disse.
Já a Unicitrus pedia, no embargo encaminhado ao Cade, que fosse incluída entre os membros integrantes do Consecitrus e não apenas como participante, como foi determinado no julgamento do órgão antitruste que aprovou a criação do conselho, em fevereiro. A Unicitrus alegou que os associados representam 13,5 milhões de pés e 26,8 milhões de caixas, ou 18% da produção e 28% das caixas de laranja não vinculadas à indústria no Estado de São Paulo. Mas também não convenceu o Cade.
Com a decisão de hoje, além da Faesp e da SRB os produtores serão representados no Consecitrus pela Associação Brasileira de Citricultores (Associtrus). A representação da indústria caberá à CitrusBR.
– Esperamos que agora possamos começar os trabalhos, pois temos uma agenda grande a ser cumprida, determinada pelo próprio Cade e, no que depender das indústrias, estamos prontos – informou o diretor-executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto.