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Cadeia da borracha ganha financiamento específico

Linha prevê R$ 30 milhões, com carência de oito anos, prazo para pagamento de 14 anos e juros de 6,75% ao anoO setor seringueiro conta agora com uma opção de financiamento exclusiva do Banco do Brasil. O anúncio foi feito durante a 17ª reunião ordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Borracha Natural, em Brasília. A linha prevê R$ 30 milhões para financiamentos, com carência de oito anos, prazo para pagamento de 14 anos e juros de 6,75% ao ano.

? É um pleito antigo, pois desde as décadas de 1970 e 80 não tínhamos uma linha direcionada exclusivamente para o setor. Temos o Programa de Plantio Comercial e Recuperação de Florestas (Propflora), mas ele é apenas relativamente adequado ao segmento ? afirma o presidente da Câmara, Marcelo Tournillon Ramos.

Os recursos permitirão fomentar a cadeia e reverter o quadro de déficit na balança comercial que existe no segmento. Hoje, cerca de 70% da borracha seca consumida no país é exportada. Essa situação gerou um déficit comercial de US$ 800 milhões em 2010, com previsão de US$ 1,3 bilhão neste ano.

? O Brasil produz cerca de 120 mil toneladas do produto por ano e consome 360 mil toneladas ? diz Ramos.

Criado em 2002 e voltado especificamente ao financiamento da implantação e manutenção de florestas para fins econômicos, o Propflora já beneficiou a cadeia produtiva da cultua da borracha. O chefe da Divisão de Florestas Plantadas e Culturas Permanentes do Ministério da Agricultura, Gustavo Firmo, explica que, nos últimos dois anos, foram aplicados R$ 44 milhões em crédito para investimento em seringais.

A iniciativa também tem como foco a recomposição e manutenção de áreas de preservação permanente e reserva florestal legal. O limite de financiamento do Propflora aumentou de R$ 200 mil por produtor, na safra passada, para R$ 300 mil, nesta safra, com taxa de juros de 6,75% ao ano.

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