A Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) vai participar da Speciality Coffee Expo, que ocorrerá de sexta-feira (12) até domingo (14), em Chicago, nos Estados Unidos. No evento, organizado pela Associação de Cafés Especiais do país (SCA, na sigla em inglês), a Abic apresentará o Protocolo Brasileiro de Avaliação Sensorial de Cafés Torrados.
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Segundo a Abic, a ideia é exportar conhecimento sobre o tema e apresentar aos participantes as diferenças entre os estilos de cafés, as principais características de qualidade do produto após a torra e as preferências e entendimentos dos consumidores de todo o Brasil. O assunto será tratado pela mestre em Análise Sensorial e Consultora de Qualidade da Abic, Camila Arcanjo, na sexta.
Arcanjo vai abordar, ainda, o histórico do Programa de Certificação da Abic, pioneiro e utilizado como referência em mais de 60 países, e as atualizações que a instituição promoveu ao longo dos últimos anos, alinhando demandas da indústria às tecnologias de campo e processos com foco no consumidor.
“A Abic criou um grupo técnico para entender melhor a demanda do consumidor, com base na ciência sensorial, na neurociência e nas tendências de mercado. O grande desafio do Protocolo é torná-lo mais acessível, porque é uma ferramenta de grande utilidade que se baseia em análise sensorial para controle de qualidade. Por esse motivo, o nosso foco é o consumidor, para que a gente possa comunicar o que ele precisa saber na hora da compra, para escolher o seu café preferido dentre os vários estilos existentes”, afirma Camila Arcanjo.
Uma das grandes novidades dessa nova metodologia de avaliação de café é o uso inovador da Inteligência Artificial para definir os estilos de café. A Abic explicou que um aplicativo com algoritmo exclusivo e inédito é utilizado pelos avaliadores no momento de análise das bebidas. As notas e intensidades dos diferentes atributos são inseridas no aplicativo e, por meio da IA, é definido o estilo da bebida. A nova metodologia deixa ainda mais objetiva e assertiva a análise do café, evitando qualquer tipo de viés que a subjetividade dos avaliadores possa trazer à classificação da bebida, argumenta a associação.