? A Bolsa percebeu que o Brasil tem participação importante nesse mercado, já que somos o maior produtor e exportador de café do mundo ? enfatiza o diretor do Departamento do Café do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Robério Silva.
A medida atende pedido do ministro da Agricultura, Wagner Rossi, feito em junho deste ano, ao chefe de operações da Bolsa, Thomas Farley. Na carta, Rossi ressaltou o crescimento da produção brasileira do café arábica lavado e semi-lavado nos últimos anos.
? A aceitação internacional do produto é resultado de investimentos feitos pelo governo e setor privado, destinados a aumentar a qualidade dos grãos de café produzidos, bem como dos esforços para respeitar os rígidos padrões sociais e ambientais no meio rural ? disse o ministro.
Rossi acrescentou, ainda, que os testes de qualidade realizados pelos peritos da Bolsa concluíram que há qualidade dos Cafés do Brasil e que o produto está em conformidade com as especificações e os padrões de qualidade do contrato C.
O país dispõe de um parque produtor que ocupa 2,1 milhões de hectares. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de café deverá alcançar mais de 47 milhões de sacas nesta safra.
? Esse resultado está relacionado às transformações da cafeicultura nos últimos anos, como a evolução tecnológica, por meio de avanços na área genética das plantas, dos sistemas de plantio, irrigação e mecanização ? explica Silva.
Ao todo, 14 estados produzem café em 1,9 mil municípios e o país tem a vantagem de produzir variados tipos do produto, o que amplia a capacidade de atender as exigências mundiais. O setor é responsável por empregar direta ou indiretamente oito milhões de pessoas.
Hoje, 19 países produtores são certificados pela Bolsa de Nova York para emissão de contratos para essa variedade: Burundi, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Equador,Guatemala, Honduras, índia, México, Nicarágua, Nova Guiné, Panamá, Peru, Quênia, República Dominicana, Ruanda, Tanzânia, Uganda e Venezuela.
No Brasil, o café arábica natural, principal variedade produzida no país, é negociado na BM&F/Bovespa e o café robusta, no London Terminal Market.