Café: Bolsa de NY sobe e recupera linha de US$ 1,80

A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta quinta-feira (16) com preços mais altos.

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Após o tombo da quarta-feira (16), em que o mercado rompeu para baixo a linha de US$ 1,80 a libra-peso, o dia foi de boa reação em NY. Os contratos março e maio recuperaram o patamar de US$ 1,80, fechando ligeiramente acima deste nível, o que mostra ser um ponto a ser vencido com mais força para cima para o mercado subir mais ou para baixo num movimento de descida.

O aperto na oferta no curto prazo segue como aspecto fundamental altista. O momento é de entressafra no Brasil e os produtores estão retendo bem o café à espera de melhores condições no mercado. Mostram-se capitalizados e ainda há tempo até a colheita e entrada de cafés da safra nova 2023 no país. Isso mantém-se como o fator de suporte.

Também tem sido comentado no mercado a preocupação com o clima excessivamente úmido em Minas Gerais, maior estado produtor do Brasil, o que pode trazer problemas adiante.

Vendas de café no Brasil

As vendas no Brasil seguem bem lentas. Levantamento de Safras & Mercado apontou que a comercialização da safra brasileira de café de 2022/23 até o último dia 15 de fevereiro alcançou 78% da produção, contra 75% do mês anterior. O percentual de vendas é bem inferior a igual período do ano passado, quando girava em torno de 86% da safra. E o fluxo de vendas também está abaixo dos últimos anos na média para o período (81%).

Já as vendas antecipadas da safra brasileira de café 2023/24, que será colhida a partir de abril/maio, estão em apenas 17% do total esperado a ser produzido. O percentual de vendas é muito inferior a igual período do ano passado, quando estava em cerca de 27% da safra.