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EXPECTATIVAS

Café: chuvas pressionam cotações do arábica em Nova York

Precipitações nas regiões produtoras do grão no Brasil preocupam menos o mercado, levando a queda da commodity

dióxido de carbono - cafezais - café
Foto: Adriano Veiga /Embrapa

O café arábica opera com preços mais baixos na sessão eletrônica da Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE) na manhã desta quinta-feira (5).

O mercado estende as perdas da última sessão, ainda pressionado pela queda nos preços do petróleo, que caiu mais de 1%. Além disso, as previsões de chuva nas regiões cafeicultoras do Brasil diminuíram as preocupações com a seca e são pessimistas para os preços do café. No entanto, o dólar mais fraco frente a outras moedas correntes limita maiores perdas.

Os contratos com entrega em dezembro/23 operam a 145,80 centavos de dólar por libra-peso, baixa de 0,55 centavo ou 0,37%.

Na quarta-feira (4), o café arábica encerrou as operações com preços mais baixos. O mercado foi pressionado no dia pela baixa do petróleo e de outras moedas, em que pese o dólar mais fraco contra o real e outras moedas. 

As indicações de chuvas benéficas sobre o cinturão cafeeiro brasileiro nos últimos dias, embora irregulares, exerceram novamente pressão sobre as cotações. Porém, segue a apreensão com as precipitações irregulares previstas, com temperaturas elevadas, em período de floradas que vão resultar na safra de 2024.

Dados mostrando maior volume de exportações globais em agosto também soaram baixistas, embora na temporada os embarques sigam menores que na temporada anterior.

As exportações de café dos países membros e não-membros da Organização Internacional do Café (OIC) totalizaram 10,30 milhões de sacas de 60 quilos em agosto, décimo primeiro mês da safra mundial 2022/23, contra 10,09 milhões de sacas registradas no mesmo mês de 2022, aumentando 2,08%.

Por outro lado, as exportações nos primeiros onze meses da temporada (entre outubro e agosto) recuaram 5,1%, atingindo 114,01 milhões de sacas, ante 120,12 milhões no mesmo período de 2021/22.

Conforme a OIC, as exportações de café arábica totalizaram 74,35 milhões de sacas entre setembro de 2022 e agosto de 2023, ante 81,56 milhões em 2021/22. Já os embarques de robusta somaram 49,60 milhões de sacas, contra 48,96 milhões.

Os contratos com entrega em dezembro/2023 fecharam o dia a 146,35 centavos de dólar por libra-peso, baixa de 2,40 centavos, ou de 1,6%. A posição março/2024 fechou a 147,35 centavos, desvalorização de 2,35 centavos, ou de 1,6%.

*Sob supervisão de Henrique Almeida

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