Agricultura

Café: NY despenca e atinge mínima de 3 meses

O sentimento mais tranquilo em relação à oferta global de café, com números sólidos das exportações brasileiras, pressiona as cotações em NY

A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta quinta-feira (13) com preços acentuadamente mais baixos.

Dando sequência às perdas da quarta-feira, o café despencou novamente na Bolsa.

Os preços do café caíram aos patamares mais baixos em mais de três meses.

E apenas o contrato dezembro ainda fechou acima de US$ 2 a libra-peso, com as demais posições rompendo para baixo essa importante linha técnica e psicológica.

O sentimento mais tranquilo em relação à oferta global, com números sólidos das exportações brasileiras de setembro, pressiona as cotações em NY.

Segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), o Brasil embarcou no total (café verde e industrializado) 3,4 milhões de sacas de 60 quilos em setembro, com incremento de 4,5% em relação a setembro de 2021.

No acumulado do ano os embarques estão em 28,7 milhões de sacas, com queda de 3,9% sobre o acumulado de 2021.

Ainda que em 2022 o acumulado siga negativo, as indicações são de melhora no fluxo de exportações.

Ainda, o cenário é de clima favorável à abertura e pegamento das floradas que vão resultar na safra de 2023 do Brasil. Isso tranquiliza o mercado em relação à safra e oferta futura mundial.

Os contratos com entrega em dezembro/2022 fecharam o dia a 202,15 centavos de dólar por libra-peso, baixa de 7,60 centavos, ou de 3,6%. A posição março/2023 fechou a 196,05 centavos,
queda de 5,35 centavos, ou de 2,6%.