Produtores de arábica estão realizando os preparativos para a colheita da safra 2020/2021, uma vez que as atividades serão efetivamente iniciadas em maio. Quanto ao conillon, os trabalhos de campo ganham força no Espírito Santo e em Rondônia.
Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) indicam que, ainda que as colheitas de ambas as variedades não apresentem dificuldades neste momento, muitos agentes temem falta de mão de obra, em decorrência da pandemia de coronavírus. Por enquanto, trabalhadores familiares ou os que residem nas proximidades das fazendas representam a maior parte dos que realizam as atividades.
Contudo, com a intensificação dos trabalhos nas próximas semanas, no caso do arábica, e a maior necessidade de mão de obra, há dúvidas quanto ao bom andamento das atividades daqui para frente. Além dos problemas logísticos como o deslocamento dos colhedores de suas origens até as regiões produtoras, cafeicultores se mostram preocupados com questões relacionadas ao controle do coronavírus, como adequações de alojamentos e de equipamentos de proteção e treinamento dos funcionários.
No geral, pesquisadores do Cepea indicam que, por um lado, o cenário econômico atual pode até elevar a oferta de trabalhadores das próprias regiões produtoras de café, mas, por outro, essa mão de obra não é qualificada, o que pode prejudicar o bom andamento da colheita.