A expectativa de safra recorde foi confirmada, superando o recorde anterior de 48,48 milhões de sacas, do período 2002/2003. O ano de alta bienalidade e o investimento realizado pelo produtor na lavoura são os responsáveis pelo crescimento que poderia ter sido maior, não fosse a adversidade climática de algumas regiões produtoras dos Estados da Bahia, Paraná, Rondônia e Minas Gerais.
O café arábica teve uma produção de 38,34 milhões de sacas, representando em média 75,4% da produção nacional. O Estado de Minas Gerais é o maior produtor e o volume encerrado é de 26,94 milhões de sacas. Já o café robusta teve uma produção de 12,48 milhões de sacas, média de 24,6% da produção cafeeira do país. O Estado do Espírito Santo é seu maior produtor, com uma colheita de 9,71 milhões de sacas.
A fim de manter o desempenho nacional, o Ministério da Agricultura estuda novas medidas de apoio ao setor. A ideia é consolidar a posição do Brasil como maior produtor e exportador de café. Em dois anos, o país pode se tornar também o maior consumidor do produto.
— Nós temos um potencial de mercado fantástico. Pegue os crescimentos vegetativos projetados, o ingresso de novas classes sociais e vamos colocar à disposição do setor os mecanismos necessários para, pelo menos, manter a constância na renda — afirma o secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, José Gerardo Fontelles.
Área
A área nacional plantada com as duas espécies totalizou 2,33 milhões de hectares, com acréscimo de 2,25% ou 51.254 hectares sobre a área de 2,27 milhões de hectares da safra de 2011. A maior área plantada é de Minas Gerais que concentra 1,21 milhão hectares, com prevalência da espécie arábica. Já o Espírito Santo ocupa o segundo lugar, com área de 491,49 mil hectares ocupada pela espécie robusta.
Os dados referem-se à pesquisa realizada no período de 2 a 14 deste mês, quando foram visitados os municípios dos principais Estados produtores (MG, ES, SP, BA, GO, PR e RO), que representam 98,7% da produção nacional.
Funcafé
O volume de recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), disponibilizado para contratação de operações de custeio foi ampliado de R$ 550 milhões para R$ 730 milhões. Além disso, nos próximos dias deve ser anunciada a prorrogação dos financiamentos de estocagem, que somam R$ 1,5 bilhão.