Agricultura

Café: 'Safra não é tão grande quanto se esperava', afirma consultoria

Relatório da Hedgepoint mostra uma recuperação em relação a 20222/23, mas recuperação do clima não teria sido suficiente para desencadear nova safra recorde

A Hedgepoint Global Markets divulgou relatório com estimativa sobre a produção brasileira de café 2023/24. Ainda que os números mostrem uma recuperação em relação a 20222/23, a consultoria indica que “a safra não é tão grande quanto se esperava inicialmente”.

Isso ocorreria porque, enquanto muitas áreas estão produzindo novamente após poda (e a ocorrência de duas safras menores gerou menos stress produtivo), a recuperação do clima não foi suficiente para desencadear uma nova safra recorde.

A produção de arábica foi projetada com um intervalo entre 44,4 milhões de sacas e 46,4 milhões de sacas, e um ponto médio em 45,4 milhões de sacas.

Para o conilon (robusta), a projeção mostra um intervalo entre 20,5 milhões de sacas e 22,5 milhões de sacas, com um ponto médio de 21,5 milhões de sacas.

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Foto: Hedgepoint/reprodução

A produção de conilon deve cair no Espírito Santo. Segundo o relatório da consultoria, o estado mostra — a exemplo do que aconteceu com o arábica em 2022/23 — que nem sempre uma ótima florada significa produtividade excelente.

“As flores secaram em diversas regiões [capixabas], em vez de continuar o desenvolvimento em chumbinhos”, afirma a equipe da Hedgepoint em seu mais recente material sobre a produção de café no Brasil.

O total da safra brasileira, somando arábica e conilon, estimado de 66,9 milhões de sacas em 2023/24, corresponde a um aumento de 13,4% em comparação com o projetado para o período anterior 2022/23 (59 milhões de sacas), mas 8% abaixo do recorde de 2020/21 (72,6 milhões de sacas).

Preços do café

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Foto: CNA

Os preços do café foram afetados por fatores macroeconômicos no fim de novembro, destaca o relatório da Hedgepoint . No material divulgado neste mês, a consultoria aponta como fatores as novas medidas contra a covid-19 adotadas recentemente pelo governo da China.

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“Embora o país [China] não seja uma das principais regiões consumidoras de café, as restrições à mobilidade chinesa podem ter um efeito cascata na economia global”, analisa a equipe da Hedgepoint.

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