– Junto com meus alunos do ensino médio, ao pesquisar o fruto, começamos a sentir um cheiro muito forte, semelhante ao do café. Depois de algumas análises, chegamos ao produto – explica.
O pó de café de tucumã tem o mesmo aspecto e odor do tradicional, porém descafeinado, conforme a professora. Além dele, a amêndoa do fruto produz óleo, manteiga e azeite. O tucumã é ingrediente de várias receitas amazonenses. Com a polpa é possível fazer sorvete, iogurte, bolo e o X-Caboclinho, sanduíche regional com presunto, queijo coalho e o fruto.
– É o preferido da região – diz ela.
O fruto do tucumanzeiro, palmeira espinhosa que chega a alcançar 15 metros de altura, é colhido ao cair, quando maduro. A casca também é aproveitada para produção de adubo e o caroço serve para artesanato.
– Nós, que vivemos em comunidades rurais e ribeirinhas, temos dificuldades de ir até a cidade. Muitas vezes por falta de acessibilidade. Para compensar, aproveitamos ao máximo todas as possibilidades que a mata tem a nos oferecer. Então, com esse fruto, que nasce dentro da mata bruta, extraímos o máximo de possibilidades. Ela não deixa nos faltar nada – aponta.
De acordo com Alessandra Lopes, o café de tucumã está em fase experimental e ainda não é produzido comercialmente. A ExpoT&C reúne centenas de expositores, como universidades, institutos de pesquisa, agências de fomento e entidades governamentais. A mostra termina nesta sexta, dia 27.