Instrução normativa do ministério, com as novas regras, será publicada no Diário Oficial da União de terça, dia 25, e deve começar a vigorar em nove meses. As medidas são válidas para o café torrado em grão e para o café torrado e moído. Segundo o ministro, o consumidor terá a segurança atestada pelo governo de saborear um café mais puro e com um nível mínimo de qualidade.
O regulamento define exigências de porcentual máximo de impurezas, além de um padrão básico de sabor, aroma e fragrância da segunda bebida mais consumida do país, atrás apenas da água. A medida estabelece que o café produzido no Brasil ou o importado só poderá ter, no máximo, 1% de impurezas. A presença de umidade no grão torrado ou moído também não poderá ultrapassar 5%. Serão observados, ainda, o estado de conservação do produto, aparência, odor e informações de rotulagem, como nome de fabricante, lote, prazo de validade e país de origem, quando for o caso.
Os fiscais do ministério da Agricultura vão fazer o controle da qualidade por meio de testes de amostragem nos supermercados e pontos de vendas do varejo.
Ao anunciar as novas regras de qualidade para o café vendido no país, Rossi disse que o Brasil precisa resgatar o “respeito” pelo café brasileiro.
? Precisamos retomar o que eu via na minha meninice, que é respeito pelo café de qualidade. O café brasileiro sempre foi reputado o melhor do mundo. Mas, depois de uma bem engendrada campanha de marketing de tantos anos, isso mudou ? argumentou.
Na sua avaliação, o marketing bem feito de outros países adulterou a visão do mundo sobre o café brasileiro.
? Nós precisamos mostrar grande qualidade do café brasileiro em todos os níveis, no mercado interno e nas exportações. E precisamos mostrar que aqui estamos fazendo um café com profissionalismo ? avaliou.
O ministro acrescentou que “quem tem o melhor café do mundo, não pode ter o mito que o bom café vai embora e aqui fica o ruim”.
? Isso não é verdade ? ponderou.