Para evitar que os pequenos produtores percam renda com a oscilação dos preços, o Ministério do Desenvolvimento Agrário trabalha com o Programa de Garantia de Preços (PGPAF). Quarenta culturas, como café, milho e feijão, por exemplo, têm preço garantidor, estabelecido anualmente pela Conab.
Se, na hora da venda, o valor do produto ficar abaixo da cotação, a diferença de preços corresponde ao percentual que serve de desconto para pagar os empréstimos. Desde a safra passada, só as operações de investimento contratadas a partir de julho de 2008 tinham direito ao bônus. A pedido do setor, o Conselho Monetário Nacional estendeu a medida aos financiamentos mais antigos, independente da data de contratação.
? Os produtores terão uma perspectiva muito grande de não entrar em inadimplência. Então, esse é um fator bastante positivo para que os agricultores possam ter a partir de agora uma garantia melhor para pagar essas operações ? disse o coordenador-geral de Financiamento à Produção da Secretaria de Agricultura Familiar, Mauri Andrade.
A área econômica do governo anunciou, esta semana, outra medida que deve beneficiar produtores incluídos no Grupo B do Pronaf – aqueles com renda anual de até R$ 6 mil. Eles vão ter acesso a financiamento de custeio para pecuária e atividades não-agrícolas, como por exemplo, artesanato.
? Com isso, eles poderão ter na sua atividade, todo ano, uma manutenção para que eles possam seguir com isso ao longo dos anos ? completa Andrade.
Para os agricultores cooperativados, foi ampliado o limite máximo da linha de crédito destinada à compra de insumos, sementes e fertilizantes antes da safra. O teto que era de R$ 170 mil passou para R$ 200 mil por produtor.