A nova abordagem na gestão de risco é parte de uma postura mais ampla da Tyson de “voltar ao básico”. Isso deve ajudá-la a recuperar o grau de investimento, perdido após o rombo em suas contas. O momento atual, de avanço na demanda por alimentos e elevação de preços, é favorável.
? Tentar fazer o ano negociando milho foi uma decisão ruim ? disse Smith, referindo-se ao ano de 2008, quando a Tyson criou “uma cratera de mais de US$$ 400 milhões” ao assumir posições compradas no mercado de milho.
A empresa comprou o grão perto do nível recorde de US$ 8 por bushel. Mas os preços caíram para US$ 6 e, depois, para US$ 3/bushel, deixando a empresa com grande quantidade de milho sobrevalorizado.
? Não fazemos mais negócios como esse ? disse Smith, que assumiu o comando da Tyson no olho do furacão, em 2009.
A Tyson não foi a única a ser surpreendia pela inesperada reversão nos preços das commodities. Muitas indústrias de carnes dos Estados Unidos, que estavam também compradas, perderam dinheiro. Algumas foram à falência ou tiveram de pedir recuperação judicial, enquanto outras tiveram de passar por um longo período de recuperação de seus balanços.
Recentemente, a companhia informou um aumento de 89% no lucro do terceiro trimestre, atribuindo o desempenho à melhora no segmento de carnes. Na sexta-feira, a agência de classificação de risco Fitch Ratings elevou o rating da dívida da Tyson para BB+ (de BB), com perspectiva positiva, um nível próximo ao grau de investimento. A agência citou os bons resultados na redução da dívida da Tyson e do desempenho operacional melhor do que o esperado nos últimos nove meses. As ações da Tyson subiram 32% neste ano. As informações são da Dow Jones.