No município de Vinhedo, a produção de Gilson Raeder é um exemplo de que a romã se tornou um negócio próspero. O trabalho na propriedade começa cedo e só termina com o pôr-do-sol. Raeder explica que a fruta já possui espaço para comercialização o ano todo, mas durante as festas de final de ano ganha aumento considerável nas vendas.
Mesmo com a forte concorrência dos produtos importados, principalmente dos Estados Unidos, Gilson chega a produzir 18 mil quilos de romã por ano. Mas a meta do produtor é produzir menos. O objetivo um tanto quanto curioso, tem uma explicação, Raeder pretende ganhar em qualidade com esta medida, produzindo frutos com cerca de um quilo.
? Hoje em dia a maioria dos produtos meus aqui no sitio tem este tipo de tamanho, determinado nível de qualidade e beleza. Então, a nossa idéia é produzir com uma quantidade menor de plantas, produtos deste nível de qualidade. Com este padrão dá pra competir em igualdade ou até em melhores condições do que os produtos importados ? afirma Gilson.
Desde o início de dezembro, o preço da fruta subiu 28% na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP). O quilo que custava em média R$ 8,00, em todo o território nacional, passou para R$ 11,00 na última semana. Apesar da melhora na produção brasileira, as romãs importadas têm maior procura do que as nacionais, mesmo sendo mais caras.