O anúncio foi feito nessa quinta, dia 9, pelo banco, que deterá, individualmente, cerca de 13% do capital total da Amata, com direito à indicação de um representante no Conselho de Administração da empresa. Os sócios originais da companhia permanecem como acionistas minoritários.
? Na verdade, nenhum dos acionistas vai deter mais do que 50%. O conjunto de investidores vai tomar as decisões em conjunto com os próprios acionistas atuais, que vão continuar na gestão da empresa ? disse o gerente de Renda Variável do Departamento de Operações da Área de Meio Ambiente do BNDES, Fernando Rieche.
Rieche disse que o objetivo do banco ao adquirir a participação na Amata foi a de mostrar para o mercado a necessidade da certificação da madeira e a responsabilidade socioambiental.
A compra pretende também sinalizar para a adoção de melhores práticas de governança corporativa na empresa e salientar o conceito de uso múltiplo da floresta.
? Do ponto de vista ambiental, é prioridade para o banco, que já tem atuado na área ambiental há algum tempo.
O gerente disse que a operação vai complementar as ações que o BNDES já vem realizando na Amazônia, por intermédio do Fundo Amazônia, para combater o desmatamento por meio de financiamentos com recursos não reembolsáveis.
O investimento também tem objetivo econômico.
? A gente está em uma atividade produtiva, cujo objetivo é gerar retorno econômico para os investidores. Mas, aliar isso à questão da responsabilidade socioambiental e da exploração de tudo que a floresta tem a oferecer.
Rieche informou, ainda, que a Amata vai explorar também o conceito de contínuo florestal, que abrange a exploração do manejo sustentável florestal na Amazônia e o plantio de espécies nativas e exóticas em outras regiões degradadas. Com essa participação na Amata, o banco pretende incentivar as demais empresas do setor florestal a adoção de práticas ambientais responsáveis.