O Brasil exportou 2,9 milhões de sacas de café em março, alta de 10% ante igual período de 2018, informou nesta quarta-feira, 10, o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). O total leva em consideração produtos verdes, solúveis e torrados e moídos.
Apesar do crescimento nos embarques, a receita teve um recuo de 11%, para US$ 379,1 milhões. No terceiro mês de 2019, o preço médio da saca foi de US$ 127,79, queda de 19% ante março de 2018, quando a média foi de US$ 157,96 por saca.
Em relação a fevereiro deste ano, quando o país enviou 3,542 milhões de sacas ao exterior, o volume registrou queda de 16%. Ainda na variação mensal, o faturamento recuou 18% e o preço mensal ficou 2,69% menor que o patamar visto em fevereiro.
De acordo com o conselho, o arábica representou 83,3% do volume total exportado em março, com 2,4 milhões de sacas embarcadas. O café solúvel contribuiu com 10,9% do volume exportado, 323 mil sacas. O conilon (robusta), por sua vez, representou 5,8% das exportações de café brasileiro em fevereiro, com 173 mil sacas exportadas, expressivo aumento de 125,7% em relação ao mesmo mês do ano passado.
“Os resultados de exportação de café referentes ao mês de março foram muito positivos. O Brasil apresentou boa performance mesmo estando no período de entressafra, com início da colheita do café conilon que acontece em abril/maio no Espírito Santo, Bahia e Rondônia e a colheita do café arábica, em maio/junho nos demais estados e suas devidas regiões”, afirmou o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes.
Em nota, a entidade reafirmou a estimativa de exportação de 40 milhões de sacas até o fechamento do ano cafeeiro.
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