Os números foram apresentados pelo professor da ESPM Fábio Mestriner durante o Seminário Inovação no Agronegócio, realizado em Brasília. Além de apresentar esses dados relacionados ao nível de inovação das embalagens brasileiras, o acadêmico deu dicas sobre a relação inovação, produto, embalagem e consumidor.
Fábio Mestriner ressaltou que a inovação está presente, em sua maioria, nas grandes empresas. O professor afirma que os argumentos mais usados pelos empresários de pequeno porte para não investir em inovação é a dificuldade no acesso e o alto custo. Ele também explica que para se criar algo novo a partir do que já existe é necessário investir em metodologia e gestão especializada.
? A inovação está totalmente ao alcance das micro e pequenas empresas. Mas primeiramente a empresa precisa enxergar os benefícios da inovação para seu negócio e estar decidida a inovar ? afirma Mestriner.
O acadêmico chamou a atenção para o convênio que existe desde 2004 entre o Sebrae e a Associação Brasileira de Embalagem. A parceria tem a finalidade de levar projetos de embalagem às micro e pequenas empresas, proporcionando maior valor agregado aos seus produtos. A sistemática do convênio assegura o pagamento de 70% do valor do projeto por parte do Sebrae Nacional, enquanto a empresa beneficiada banca os 30% restantes.
Para quem quer inovar, vale anotar algumas dicas de Mestriner: a inovação não é criada, precisa ser encontrada; a busca da inovação precisa ter objetivo e foco; a inovação precisa trazer algum benefício para o consumidor; e a oportunidade está em criar algo novo na categoria onde o produto concorre.
? Precisamos criar algo novo na categoria, não no universo ? afirma o professor.
O aspecto ambiental também deve estar inserido na questão da inovação de produtos e, principalmente, de embalagens. A substituição, por exemplo, do plástico sintético por biodegradáveis é lucrativa para o empresário e o meio ambiente. Hoje, já existem os bioplásticos, feitos a partir de mandioca, cana-de-açúcar, milho e batata.