O assentamento Santa Teresa do Cedro foi medido quatro vezes. Mesmo assim, a divisão dos lotes não foi aprovada. As casas de lona improvisam a morada, sem limites os assentados avançam em áreas de reserva legal. Sem dinheiro, a plantação no quintal não sustenta a família.
Em outro assentamento, duas realidades. Onde estava a fazenda Maringá, algumas famílias pegaram lotes com pastagem pronta na hora da desapropriação e conseguiram colocar uma vacada para a produção de leite.
Já quem pegou a outra parte, onde estava a fazenda Monte Castelo, os lotes estão no meio da vegetação de Cerrado. Depois de oito anos, a derrubada para dar lugar à pastagem ainda não foi autorizada.
Mesmo assim, a assistência técnica indicou para o assentado Gilmar dos Santos Silva aproveitar o financiamento do Pronaf. Foi o que ele fez: comprou 12 vacas. Agora, sobraram duas com dois bezerros. O assentado vai resistindo, enquanto os vizinhos já estão vendendo os lotes.
O Plano de Desenvolvimento do Assentamento (PDA) normalmente tem mais de 90 páginas. Sem ele, o assentado não consegue nem mesmo construir uma casa, já que o documento dá direito ao crédito de habitação no valor de R$ 15 mil.