Café

Café: comercialização da safra 20/21 atinge 40%, diz Safras

As vendas estão avançadas em relação ao ano passado, onde o volume era de 34%, e também acima da média dos últimos cinco anos para o período, que é de 30%

A comercialização da safra nova de café do Brasil 2020/2021, que está em colheita, atingiu 40% até o a terça-feira, 7. De acordo com levantamento da consultoria Safras & Mercado, as vendas estão avançadas em relação ao ano passado, quando 34% da safra estava comercializada até então e também acima da média dos últimos cinco anos para o período, que é de 30% .

“Assim, já foram comercializadas 27,4 milhões de sacas de 60 quilos, tomando-se por base a estimativa de uma safra 2020/2021 de café brasileira de 68,1 milhões de sacas”.

Segundo o consultor de mercado Gil Barabach, a queda dos preços ao longo do último mês de junho, naturalmente, tirou o fôlego das negociações no mercado físico interno. “Mas, mesmo com o arrefecimento no ritmo de vendas, a comercialização continua bem acelerada. O produtor soube aproveitar os repiques de preços para apressar as suas posições antecipadas. E, com isso, conseguiu escalonar muito bem o seu fluxo comercial, entrando na temporada 20/21 bem vendido”, comenta.

O arábica se destaca com 42% da produção negociada, contra 33% em igual período do ano passado e 29% de média. As vendas de conilon ganharam intensidade com o avanço da colheita e alcançam 36% da produção, contra 36%
em 2019 e 34% de média.

Colheita

A colheita de café da safra brasileira 2020/21 estava em 56% até o dia 07 de julho. O número faz parte do levantamento semanal de SAFRAS & Mercado para a evolução da colheita da safra. Na semana anterior, o índice era de 48%.

Tomando por base a estimativa de SAFRAS para a produção de café do Brasil em 2020/21 de 68,1 milhões de sacas de 60 quilos, é apontado que foram colhidas 38,05 milhões de sacas até o dia 7 de julho.

A colheita está atrasada em relação ao ano passado, quando 68% da safra estava colhida neste período. Os trabalhos também estão atrasados frente à média dos últimos 5 anos, que é de 58%.

Ainda de acordo com Gil Barabach, Os trabalhos de colheita seguem em bom ritmo, aproveitando o clima favorável. “Mesmo assim, continua muita atrasado, especialmente na comparação com igual período do ano passado. Destaque à qualidade da bebida no arábica. E atenção aos sinais de quebra na safra de conilon do Espírito Santo”, comenta.

No caso do arábica, a colheita chega a 46% da safra, contra 60% em igual época do ano passado e 48% na média dos últimos 5 anos. A colheita de conilon chega a 79% da produção. Apesar disso, continua bem abaixo de igual período
do ano passado (84%) e também aquém da média dos últimos 5 anos (86%).