A Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé) prevê que as exportações brasileiras de café atinjam volume recorde neste ano, mesmo com uma quebra de safra praticamente de 32% esperada para os cooperados.
O presidente da Cooxupé Carlos Augusto destacou que, devido à bienalidade produtiva, sendo esse ano de 2021 de menor produção, e com o clima muito ruim em 2020, a produção na região de atuação da Cooxupé pelos cooperados deve cair de 10,99 milhões de sacas em 2020 para 7,49 milhões de sacas em 2021, uma diminuição de 31,8%. O presidente da Cooxupé salientou que no ano passado foram ainda pior as altas temperaturas do que o déficit hídrico.
Os embarques de café efetuados pela Cooxupé, contando vendas internas e exportações, chegaram a 5,9 milhões de sacas em 2020. Deste volume, 4,9 milhões foram exportações. Para 2021, a expectativa é de um recorde de embarques, chegando a um total de 7,2 milhões de sacas, sendo 6,5 milhões de sacas de exportações. Apesar da safra menor, Carlos Augusto indica que os embarques devem atingir o melhor desempenho da história por causa do volume que está sendo carregado da safra passada para este ano.
Porém, é grande a preocupação da cooperativa com a dificuldade imposta pela falta de contêineres. Carlos Augusto destacou que os Estados Unidos e China estão dominando o mercado e impondo esses empecilhos, o que leva a sobretaxas no transporte marítimo. A Cooxupé esperava embarcar entre 500 e 600 mil sacas por mês em fevereiro e março, mas por esse problema embarcou em torno de 450 mil sacas na média.