A exportação brasileira de café em outubro foi de 3,224 milhões sacas de 60 kg, o que corresponde a uma queda de 8,7% em comparação com o mesmo mês do ano passado (3,531 milhões de sacas). Os números foram divulgados pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé), em relatório mensal.
O presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes, apontou que houve um desempenho muito fraco no café robusta, reflexo ainda da seca no Espírito Santo, que prejudicou fortemente a produção. “Contudo, o arábica compensou esse cenário, sendo o maior volume exportado nos últimos cinco anos, com destaque expressivo no último mês. Desde 2010, não embarcávamos tantas sacas de arábica em outubro”, afirmou, em nota.
A receita cambial no mês passado foi de US$ 551,064 milhões, aumento de 2,4% ante outubro do ano passado (US$ 538,108 milhões). O preço médio da saca registrou alta de 12,2% no período, de US$ 152,37 para US$ 170,92.
Os cafés verdes mantiveram a liderança das exportações – 2.883.307 sacas de arábica e 9.833 de robusta -, porém, com queda de 9,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.
No acumulado de janeiro a outubro, a exportação alcançou 27,562 milhões de sacas, com baixa de 8,9% na comparação com o mesmo intervalo de 2015 (30,271 milhões de sacas). A receita é de US$ 4,2 bilhões, queda de 17,6% em relação ao mesmo período do ano passado (US$ 5,14 milhões). O preço médio da saca gira em torno de US$ 153,77, queda de 9,5% ante 2015 (US$ 169,90).
Destino
O café brasileiro continua tendo como principais destinos Estados Unidos, com 5.275.219 sacas entre janeiro e outubro; seguido da Alemanha (4.930.997 sacas), Itália (2.424.929 sacas) e Japão (2.008.007 sacas). Ao todo, 122 países consumiram o produto brasileiro.