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Café: mercado de cápsulas no Brasil pode alcançar R$ 2,2 bi até 2019

Expansão será acompanhada de aumento no número de fabricantes, que já passou de 4 para 150 em dois anos, segundo o Rabobank

Fonte: Mapa/divulgação

Números divulgados nesta quinta-feira, dia 24, pelo analista Jefferson Carvalho, do Rabobank, mostram que o mercado de café em cápsulas no Brasil poderá crescer 2,2 vezes até 2019, para R$ 2,2 bilhões. Tal expansão será acompanhada pelo aumento no número de empresas que fabricam cápsulas, número este que de 2014 a 2016 já passou de 4 para 150. Os dados foram divulgados nesta quinta durante o 24º Encontro Nacional das Indústrias de Café (EnCafé), realizado pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), em Una (BA).  

O presidente do grupo 3corações, Pedro Lima, avalia que o consumo de café em cápsulas, embora crescente no mundo todo, “não substituirá 100%” o tradicional. “Chegará um momento de equilíbrio. Por isso precisamos garantir que a qualidade dos cafés tradicionais continue evoluindo”, afirmou. 

Conforme Lima, esse segmento ainda tem espaço para avançar bastante no Brasil, dado que as cápsulas seguem restritas, principalmente, às faixas mais ricas da população. “A classe média ainda não chegou à cápsula”, disse, acrescentando que esse mercado movimenta R$ 1 bilhão no país. 

Segundo o presidente da empresa, até o primeiro semestre do ano que vem a 3corações deverá instalar centros de reciclagem para as cápsulas da empresa. As unidades ficarão nos mesmos 26 municípios do Brasil onde a companhia já possui centros de distribuição. 

Sobre importações de café para suprir a indústria nacional em meio à quebra de safra no Espírito Santo, tema recorrente neste EnCafé, Lima disse ser a favor de regras claras para a compra externa do produto. “Defendo que toda a cadeia do agronegócio seja estabilizada, onde o produtor tenha remuneração justa.” Ele, porém, avalia que a liberação de importações dificilmente deverá ocorrer, pois trata-se de um projeto que não anda com a celeridade devida. “Vai passar o tempo e chegar outra safra”, comentou.

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