O mercado de café no Brasil e no mundo segue muito favorável ao vendedor. Essa é a avaliação do consultor da Safras & Mercado, Gil Barabach, em publicação sobre o Cenário para o Café em dezembro..
Barabach indica que o mercado segue a escalada de alta, puxada pelo arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). Foi alterado o patamar de atuação com a quebra da safra brasileira de 2021 e com a perda do potencial produtivo de 2022, diante de falta de chuva e frio. Ele observa que o mercado tem força de curto prazo, com pouca oferta disponível, com gargalos logísticos, que geram atraso e custo mais alto para o café chegar no destino.
O analista ainda comenta a queda nos estoques certificados na ICE US, o que demonstra o aperto na oferta. Soma-se o fato de que o momento que chega é de pico do consumo com a temporada fria no hemisfério Norte. No Brasil ainda há suporte com a escalada do dólar contra o real.
O mercado físico brasileiro segue firme, como ressalta Barabach, diante da quebra deste ano produtiva, da expectativa de quebra futura, com o produtor retrancado na venda. O produtor já vendeu 72% da safra deste ano. Como atenuantes para o tom altista, há a nova onda da Covid-19, com a variante ômicron, que pode afetar o consumo e adia a normalização no fluxo global.
Como fatores para se prestar atenção, Barabach cita: Desenvolvimento da safra brasileira 2022 – pegamento e granação; – Volatilidade cambial – dólar buscando novo patamar equilibrio; – Mercado disponível curto de vendedor – negócio de necessidade.