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Café

Café: NY registra nona sessão em queda e preços atingem menor nível em 12 anos

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

café torrado
Foto: Pixabay

A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta segunda-feira, dia 20, com preços em queda, com perdas pela nona sessão seguida e nas mínimas históricas dos contratos vigentes. Mais que isso, a bolsa se aproximou de romper a linha de 1 dólar por libra-peso no contrato dezembro.

Segundo o consultor de Safras & Mercado Gil Barabach, a alta do dólar contra o real e os fundamentos derrubaram as cotações. “O mercado está testando os limites de baixa”, afirma o consultor. Ele acredita que NY pode romper essa linha. “Mas, acho que não fica muito tempo abaixo deste nível, as quedas estão exageradas”, comenta.

A safra recorde brasileira e o abastecimento tranquilo no mercado são elementos já precificados. “O dólar é que está jogando contra agora”, identifica o consultor.

Brasil

O mercado brasileiro de café teve uma segunda-feira de preços mais baixos. A queda do arábica em Nova York derrubou as cotações deste tipo de café no Brasil e travou a comercialização. A alta do dólar apenas evitou um “estrago” maior.  Antes das perdas acentuadas em NY, o mercado até apresentou alguma movimentação por preços melhores, mas depois do tombo na bolsa o mercado nacional praticamente parou.

Londres 

Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres para o café robusta encerrou a segunda com preços mais altos. Segundo traders, o mercado teve recuperação técnica após os recentes movimentos baixistas. Ao final das contas, o robusta se descolou neste início de semana da referência do arábica na Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE Futures US), que se encaminha para fechar com fortes perdas. 

Café no mercado físico – saca de 60 kg

          • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 405 a R$ 415
          • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 410 a R$ 420
          • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 360 a R$ 365
          • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 315 a R$ 320
          • Confira mais cotações

Café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) – libra-peso

          • Setembro/2018: US$ 97,25(-3,95 cent)
          • Dezembro/2018: US$ 100,95(-3,75 cent)

Café robusta na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe) – tonelada

            • Setembro/2018: 1.653 (+US$ 10)
            • Novembro/2018: 1.566 (+US$ 6)

Soja

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com preços levemente mais altos, abaixo das máximas do dia. O mercado foi sustentado, na maior parte do dia, pelo otimismo em torno da reunião de representantes da China e dos Estados Unidos sobre a questão comercial.

Mas na parte da tarde o mercado foi perdendo força, em meio ao bom desenvolvimento das lavouras americanas. No final de semana, as chuvas retornaram ao Meio Oeste, favorecendo a planta e encaminhando a maior safra da história do país.

As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 639.001 toneladas na semana encerrada no dia 16 de agosto, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Na semana anterior, as inspeções haviam atingido 581.314 toneladas. No ano passado, em igual período, o total fora de 668.710 toneladas. No acumulado do ano-safra, iniciado em 1 de setembro, as inspeções estão em 54.591.229 toneladas, contra 56.397.999 toneladas no acumulado do ano-safra anterior.

Além disso o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou dados sobre as condições das lavouras americanas de soja. Segundo o USDA, até 19 de agosto, 65% estavam entre boas e excelentes condições, 24% em situação regular e 11% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana passada, os números eram de 66%, 24% e 10%, respectivamente.

Brasil

O mercado brasileiro de soja teve um dia de poucos negócios e preços mistos. O dólar subiu, Chicago teve uma sessão de muita volatilidade e os prêmios de exportação cederam. Diante
desse quadro confuso, os vendedores saíram do mercado.

As exportações de soja em grão do Brasil em agosto (13 dias úteis) renderam US$ 1,942 bilhão. A quantidade total exportada no período chegou a 4,905 milhões de toneladas, com média diária de 377,3 mil toneladas. Na comparação entre a média diária de agosto e julho, houve uma baixa de 18,6% no volume embarcado. No entanto, quando comparado com o mesmo período do ano passado, houve elevação de 45,8% no volume.

Soja no mercado físico – saca de 60 kg

          • Passo Fundo (RS): R$ 84,50
          • Cascavel (PR): R$ 84,50
          • Rondonópolis (MT): R$ 78
          • Dourados (MS): R$ 80,50
          • Porto de Paranaguá (PR): R$ 91
          • Porto de Rio Grande (RS): R$ 91
          • Porto de Santos (SP): R$ 89
          • Porto de São Francisco do Sul (SC): R$ 89
          • Confira mais cotações

Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) – bushel

            • Setembro/2018: US$ 8,81 (+0,25 cents)
            • Novembro/2018: US$ 8,93 (+0,50 cents)

Milho

O mercado brasileiro de milho abriu a semana mantendo cotações firmes. Segundo o analista de Safras & Mercado Paulo Molinari, a colheita da safrinha vai chegando ao fim no Brasil e sem
pressão de venda por parte do produtor.

Chicago

Já a  Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou com preços mais baixos. O mercado estendeu as perdas da sexta-feira. Os investidores estão em compasso de espera pela retomada nas negociações entre os Estados Unidos e a China, prometida para o final do mês.  As inspeções de exportação norte-americana de milho chegaram a 1.096.647 toneladas na semana encerrada no dia 16 de agosto, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).  Na semana anterior, haviam atingido 1.262.283 toneladas. Em igual período do ano passado, o total inspecionado foi de 720.213 toneladas.

O USDA  também divulgou dados sobre as condições das lavouras americanas de milho. Segundo o USDA, até 19 de agosto, 68% estavam entre boas e excelentes condições, 20% em situação regular e 12% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana anterior, os números eram de 70%, 20% e 10%, respectivamente.

Milho no mercado físico – saca de 60 kg

  • Rio Grande do Sul: R$ 43
  • Paraná: R$ 38
  • Campinas (SP): R$ 43,50
  • Mato Grosso: R$ 29
  • Porto de Santos (SP): R$ 43
  • Porto de Paranaguá (PR): R$ 42,50
  • São Francisco do Sul (SC): R$ 42,50
  • Veja o preço do milho em outras regiões

Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) – bushel

      • Setembro/2018: US$ 3,62 (-2,25 cent)
      • Novembro/2018: US$ 3,76 (-2,25 cent)

Boi

Mesmo em um cenário de baixa demanda por carne bovina, a oferta restrita de boiadas continua ditando o rumo do mercado. Na segunda-feira, por exemplo, dia que normalmente as indústrias aproveitam para testar o mercado, o que se vê são preços firmes.

Das trinta e duas praças pesquisadas pela Scot Consultoria, houve alta em nove delas. Destaque para o norte de Tocantins, onde a valorização foi de 1,5% frente ao fechamento da semana anterior e, na região há negócios ocorrendo acima da referência.

Considerando a praça de Araçatuba (SP), desde o início do mês, o preço da arroba subiu 0,7% enquanto que a carne com osso teve queda de 1,7%.

Apesar da alta de preço da arroba e desvalorização da carne, a margem dos frigoríficos que fazem a operação de desossa está próxima da média histórica, em 21,7%. Ou seja, caso haja necessidade, as empresas podem ofertar preços melhores para a arroba, dependendo da demanda.

Boi gordo no mercado físico – arroba à vista

          • Araçatuba (SP): R$ 144
          • Triângulo Mineiro (MG): R$ 138
          • Goiânia (GO): R$ 133
          • Dourados (MS): R$ 138
          • Mato Grosso: R$ 126 a R$ 129
          • Marabá (PA): R$ 127
          • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,70 (kg)
          • Paraná (noroeste): R$ 145
          • Sul (TO): R$ 131
          • Veja a cotação na sua região

Dólar e Ibovespa

O dólar comercial fechou a negociação com alta de 1,07%, cotado a R$ 3,956 para a compra e a R$ 3,958 para a venda, maior valor dos últimos dois anos e meio. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima deR$ 3,915 e a máxima de R$ 3,972.

A moeda acelerou os ganhos e busca os R$ 3,97 refletindo a cautela do mercado após sair a pesquisa de intenção de votos para a Presidência da República divulgada pela CNT/MDA em que mostra o ex-presidente Lula subindo e, enquanto o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, não avança. “É movimento de perda máxima aceitável com o mercado em dúvida, sem saber o que fazer, à espera do que a pesquisa Ibope vai trazer”, comenta o diretor da Correparti, Ricardo Gomes.

Na pesquisa divulgada pela manhã, Lula lidera a intenção de votos espontâneos (20,7%) e no cenário estimulado (37,3%). Porém, chamou a atenção do mercado a quantidade de votos que migrariam de Lula para o vice na chapa, Fernando Haddad (17,3%).

“Se o Ibope, uma pesquisa muito mais relevante, mostrar algum avanço do Haddad, confirmando os números da pesquisa CNT/MDA, além de mostrar a
dificuldade de Alckmin deslanchar nas pesquisas, já podemos esperar o nível de R$ 4,0 amanhã, se não chegar ainda hoje”, reforça.

Na pesquisa CNT/MDA, Alckmin oscila entre terceiro e quarto lugar nos cenários, “com desempenho fraco e com os votos ainda restritos ao Sudeste, o que provocou um pouco de estresse no mercado no fim da manhã. Mas é preciso lembrar que essa pesquisa é antes da campanha na TV e no rádio. Esse cenário pode mudar para o tucano, apesar de ele estar correndo contra o tempo”, comentao analista da Capital Markets, Alexandre Almeida.

Às 14h42 (de Brasília), a moeda norte-americana avançava 1,30%, negociada a R$ 3,9670 para venda – próximo à máxima de 3,9690 (+1,35%). No mercado futuro, o contrato para setembro tinha alta de 1,31%, a R$ 3,970. Lá fora, o Dollar Index tinha queda de 0,13%, aos 95,979 mil pontos.

O ibovespa começou a semana em alta de 0,39%, com 76,327.89 pontos, e o volume negociado foi de R$ 17. 703 milhões.

 


Previsão do tempo para terça-feira, dia 21

Sul

A chuva perde intensidade, mas ainda há condições para episódios isolados em algumas áreas da região Sul, especialmente entre o norte do Rio Grande do Sul e o sul do Paraná.

Na metade sul do Rio Grande do Sul, uma área de alta pressão atmosférica avança, e as temperaturas diminuem bastante. Com a condição de céu aberto, ventos fracos e temperaturas muito baixas, o risco para geada aumenta entre a madrugada e manhã.

Durante a tarde, a sensação de frio continua em todo o Rio Grande do Sul e até parte da porção sul do Paraná. Já em áreas ao norte do Paraná, faz calor a tarde.

Sudeste

A terça-feira segue com tempo firme no Sudeste. A temperatura é mais baixa pela manhã em pontos mais altos da região, como em áreas da Serra da Mantiqueira.

Durante a tarde, o calor mais intenso ocorre entre o Triângulo Mineiro e o norte paulista. Junto com o calor a umidade relativa do ar volta a cair para níveis críticos. Há previsão de chuva apenas no litoral sul paulista e no Espírito Santo. No primeiro caso a precipitação ocorre pela aproximação de uma frente fria, e o segundo, por áreas de instabilidade que se formam na região.

Centro-Oeste

Há chance de chuva isolada ao sul de Mato Grosso do Sul até o extremo oeste de Mato Grosso, sem grandes volumes previstos.

Nas demais áreas do Centro-Oeste, o tempo fica seco. O calor ganha intensidade à tarde e, junto com ele, a umidade do ar volta a cair para níveis críticos.

Nordeste

Chuvas fracas e isoladas concentradas no litoral leste do Nordeste e noroeste do Maranhão ocorrem no decorrer da terça-feira, sem previsão de chuva volumosa.

Nas demais áreas, o tempo segue firme e com chance para baixíssima umidade relativa do ar nos horários de maior aquecimento do dia, ou seja, entre o fim da manhã e início da tarde.

Norte

A condição de chuva mais expressiva segue concentrada no oeste da região Norte no decorrer da terça-feira. Nas demais áreas da região, se chover, será de forma muito pontual e sem grandes acumulados.

A umidade do ar fica bastante baixa à tarde em áreas entre o sul do Pará e o Tocantins. As temperaturas seguem elevadas à tarde em toda a região Norte.

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