A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta quarta-feira (5) com preços acentuadamente mais altos. Os preços dispararam no dia na trilha do petróleo, diante de fundamentos altistas envolvendo aperto na oferta no curto prazo.
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O Brasil colheu uma safra menor que o esperado em 2022 e há problemas produtivos também em outras nações, como a Colômbia. Além disso, nesta semana, conforme destacado pelo Canal Rural, cafezais localizados no sul de Minas Gerais foram afetados por chuvas de granizo.
Há indicações de queda em embarques do Brasil e Colômbia, trazendo uma redução na disponibilidade de arábicas globalmente para o curto prazo. Isso traz um prêmio para o contrato dezembro em relação a outras posições. Posições futuras que já representam a safra 2023 do Brasil, quando se aguarda uma boa produção, estão em patamares bem mais baixos que dezembro.
A Organização Internacional do Café (OIC) apontou que entre outubro de 2021 e agosto de 2022 os embarques do Brasil caíram 27,2%, enquanto as exportações da Colômbia baixaram 28,7%. Nesse sentido, a queda nos embarques da Colômbia se deve ao persistente clima desfavorável, reduzindo a oferta do país. E ainda há a questão dessa safra 2022 abaixo do que se imaginava no Brasil.
Contratos de café para 2023
Os contratos com entrega em dezembro/2022 fecharam o dia a 224,65 centavos de dólar por libra-peso, alta de 5,35 centavos, ou de 2,4%. Contudo, a posição março/2023 fechou a 214,65 centavos, valorização de 4,05 centavos, ou de 1,9%.
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