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Café

Café: preços disparam no Brasil seguindo alta histórica em Nova York

Bolsa americana atingiu os patamares mais elevados em praticamente uma década, em meio à apreensão com a oferta global

O mercado físico de café do Brasil teve uma quarta-feira (17) de preços mais altos. O mercado esteve confuso e agitado por conta das altas históricas do café na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), que atingiu os patamares mais elevados em praticamente uma década em meio à apreensão com a oferta global.

Houve muita especulação, mercado brasileiro esteve nervoso. Porém, foi pouca a liquidez, com negociações limitadas diante da subida das cotações. Houve alguns negócios para entrega futura para exportação, mas os
compradores estiveram relutantes, e quem precisou de oferta comprou apenas o necessário.

No sul de Minas Gerais, o café arábica bebida boa com 15% de catação terminou o dia em R$ 1.345,00/1.355,00 a saca, contra R$ 1.295,00/1.300,00 de terça (16). No Cerrado mineiro, arábica bebida dura com 15% de catação teve preço de R$ 1.350,00/1.360,00 a saca, no comparativo com R$ 1.305,00/1.310,00 de antes.

Já o café arábica “rio” tipo 7 na Zona da Mata de Minas Gerais, com 20% de catação, teve preço de R$ 1.200,00/1.210,00 a saca, contra R$ 1.190,00/1.200,00 anteriormente. O conilon tipo 7 em Vitória, Espírito Santo, ficou em R$ 805,00/810,00 a saca, contra R$ 800,00/805,00 de terça.

Nova York

A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta quarta-feira com preços acentuadamente mais altos.

As cotações dispararam no dia e o mercado atingiu os patamares mais elevados em praticamente uma década, ante ampla apreensão com a oferta global.

O mercado subiu e rompeu resistências, o que estimulou ainda maior movimentação na ponta compradora por parte de fundos e especuladores, intensificando os ganhos no dia.

Segundo o consultor de Safras & Mercado Gil Barabach, o arábica vem subindo bastante seguindo o impulso financeiro com as rolagens do período de notificações de entrega física.

“Além disso, há a preocupação com a perda de potencial da safra brasileira. As dúvidas produtivas são grandes depois de uma florada muito bonita, para saber se ela realmente vingou, em consequência das geadas e do período de seca que as lavouras de café passaram”, comenta.

Outro fator são as especulações em relação ao clima com a chegada do La Niña e os efeitos na safra da Colômbia e do Vietnã. E ainda o gargalo logístico, por conta da falta de contêineres que acaba limitando também, a disponibilidade física. As exportações do robusta vietnamita e do Brasil estão sendo prejudicadas, por exemplo.

Os contratos com entrega em dezembro/2021 fecharam o dia a 232,60 centavos de dólar por libra-peso, alta de 10,55 centavos, ou de 4,7%. A posição março/2022 fechou a 234,75 centavos, elevação de 10,25 centavos, ou de 4,6%.

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