A safra brasileira de café 2019/2020, que está em processo inicial de colheita, deve ficar em 58,9 milhões de sacas de 60 quilos. É o que aponta a nova estimativa da consultoria Safras & Mercado para a temporada, realizada através de sondagem junto a cooperativas, produtores, exportadores, comerciantes, armazenadores e secretarias de agricultura.
A safra 2018/2019, antes indicada pela consultoria em 63,7 milhões de sacas, foi revisada para cima para 64,1 milhões de sacas, ou seja, uma queda de 8,1% na produção em relação ao novo ciclo.
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Segundo o consultor Gil Barabach, responsável pela estimativa, após um janeiro de umidade abaixo da média e temperaturas elevada, as chuvas voltaram ao cinturão cafeeiro e garantiram uma boa granação à safra 2019. “E, lógico, isso refletiu diretamente sobre a perspectiva produtiva”, destacou.
Assim, a consultaria que trabalhava preliminarmente com ideia entre 55,90 a 58,70 milhões de sacas, ajustou o seu número para 58,9 milhões de sacas, confirmando o cenário mais otimista.
Safra 2018/2019
O número da safra 2018/2019 foi corrigido de 63,70 milhões para os atuais 64,10 milhões de sacas. “Por conta do resultado acima do esperado em algumas regiões produtivas. A excelente performance na exportação aliado aos armazéns ainda cheios para o período do ano reforçam esse sentimento de uma safra maior que a esperada no ano passado”, comenta.
A produção de arábica é projetada em 40,70 milhões de sacas, o que corresponde a uma quebra de 15% em relação à temporada passada onde o volume registrado foi de 47,90 milhões de sacas. “O atual ciclo produtivo é de carga mais baixa, ainda mais depois do recorde produtivo de 2018. O rejuvenescimento do parque cafeeiro e a alternância de ciclos produtivos entre talhões em algumas áreas produtivas ajuda a atenuar o efeito bienal”, avalia Barabach.
Na contramão do arábica, a produção de robusta deve crescer 12% esse ano e alcançar 18,20 milhões de sacas. “Destaque à safra capixaba, que deve ter mais um ano de expansão, depois de temporadas seguidas de seca e produção bem abaixo do seu potencial”, conclui.