Com a conclusão do acordo entre Mercosul e União Europeia, o principal mercado para o café solúvel brasileiro que ainda deve ser aberto é o Japão, de acordo com o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics), Pedro Guimarães. “Agora que acertamos o acordo com a UE, nossa prioridade é, sem dúvida alguma, o Japão. É um mercado importantíssimo, está entre os cinco maiores destinos das nossas exportações, mesmo com imposto altíssimo. Então um acordo com o Japão é de fundamental importância para nós”, disse.
De acordo com Guimarães, esse acordo já vem sendo debatido: “Isso vem sendo conversado pelo Itamaraty, pelo Ministério da Agricultura, pelo Ministério da Economia, pela Secretaria Especial de Comércio Exterior do Marcos Troyjo. Sempre se soube que a prioridade era a conclusão do acordo com a União Europeia. Estando fixadas as bases do acordo com a UE, temos agora os parâmetros para fazer a mesma negociação com o Japão. Então acho que demos um grande passo não só no acordo com a UE, mas também evoluímos para estabelecer um acordo com o Japão”, concluiu.
Em maio, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, viajou para a Ásia e, em Tóquio, participou da promoção de cafés brasileiros especiais na UCC Coffee Academy, escola de barismo que pertence à maior torrefadora do Japão, a Ueshima Coffee Company. Entre os objetivos da viagem estavam a abertura de mercados para o café e a carne do Brasil.
No ano passado, o Japão foi o terceiro maior destino das exportações de café solúvel do Brasil, com 304 mil sacas vendidas para o país, de acordo com a Abics. A receita cambial no período foi de US$ 65,79 milhões.