Representantes do setor encaminharam ao Itamaraty um estudo técnico mostrando os possíveis impactos das medidas. Os produtores estimam que 200 mil toneladas de frango deixarão de ser exportadas – o prejuízo chegaria a R$ 450 milhões.
? O nosso produto sofre uma restrição: não pode ser processado a não ser que seja vendido congelado também. Então restringe, em detrimento do produto europeu que tem toda a liberdade porque, pela proximidade, pode ser vendido in natura ? afirmou o presidente executivo da União Brasileira de Avicultura (UBA), Francisco Turra.
O Ministério das Relações Exteriores pretende submeter o estudo à análise da Câmara de Comércio Exterior. Os sete ministros da Camex se reúnem na próxima terça. São eles que decidem se o Brasil deve questionar as regras européias junto à OMC.
? Num exame preliminar nós achamos que temos um caso razoável para termos uma solução de controvérsias na OMC ? afirma o diretor do Departamento Econômico do ministério, Carlos Márcio Cozendey.
O governo brasileiro também negocia com o bloco a redução das cotas criadas recentemente para os frangos cozidos e não cozidos, como os temperados e os cortes empanados.
? Quando se coloca cota, eu não posso vender mais do que aquele limite. No ano passado vendemos 72 mil toneladas. A Europa quer que a gente venda 60 mil e que não possa crescer ? diz o diretor do Núcleo de Mercados da Ubabef, Ricardo Santini.