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Milho

Chicago: preço do milho sobe com possível atraso na colheita dos EUA

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

colheita de milho
Foto: Aprosoja-MS

O milho fechou esta quinta, dia 4, com preços mais altos na Bolsa de Chicago. O mercado buscou suporte nas preocupações com chuvas nos próximos dias no cinturão produtor norte-americano, o que pode acarretar em atrasos na colheita do grão no país, explica a consultoria Safras & Mercado.

A boa demanda para o cereal estadunidense também garantiu valorização aos preços. De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), as vendas líquidas norte-americanas para a temporada comercial 2018/2019, que começou no dia 1º de setembro, ficaram em 1,43 milhões toneladas na semana encerrada em 27 de setembro. O maior importador foi o México, com 527,4 mil toneladas. Analistas esperavam entre 1,1 milhão e 1,9 milhão de toneladas.

Cotações domésticas

O mercado brasileiro manteve preços estáveis, com a manutenção do perfil de negócios. Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, tanto consumidores quanto produtores optam por uma posição bastante cautelosa às vésperas do primeiro turno das eleições. Os focos de instabilidade seguirão constantes antes do segundo turno de acordo com as pesquisas de intenção de voto, comenta.

Milho no mercado físico – por saca de 60 kg

      • Rio Grande do Sul: R$ 43
      • Paraná: R$ 35
      • Campinas (SP): R$ 39
      • Mato Grosso: R$ 28,50
      • Porto de Santos (SP): R$ 38,50
      • Porto de Paranaguá (PR): R$ 37,50
      • São Francisco do Sul (SC): R$ 37,50
      • Veja o preço do milho em outras regiões

Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) – por bushel

      • Dezembro/2018: US$ 3,67 (+2,75 cents)
      • Março/2019: US$ 3,79 (+2,50 cents)

Boi

Em São Paulo, a oferta de boiadas segue restrita, porém, tem sido suficiente para atender a demanda nestes primeiros dias de outubro, permitindo que as indústrias reduzam o ritmo de compra.

Entretanto, ainda assim o cenário é de firmeza no mercado do boi gordo, a baixa disponibilidade de animais terminados para o abate deixa pouco espaço para que os frigoríficos pressionem o mercado de maneira mais intensa.

Assim, as empresas que conseguiram alongar as programações de abate saíram das compras nessa quinta-feira, dia 4, aguardando um melhor posicionamento do mercado antes de voltar às negociações.

Considerando as duas praças de São Paulo, o preço da arroba do boi gordo (pagamento à vista) recuou e está em R$ 150,50, livre de Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural). Contudo, no acumulado dos últimos trinta dias, é observada alta de 2,4%.

No mercado atacadista de carne bovina com osso, o boi casado de animais castrados está cotado, em média, a R$ 10,01 por quilo.

Vale lembrar que o feriado da próxima semana e o recebimento de salários são fatores que podem dar fôlego para o mercado.

Boi gordo no mercado físico – arroba à vista

      • Araçatuba (SP): R$ 150,50
      • Triângulo Mineiro (MG): R$ 145
      • Goiânia (GO): R$ 142
      • Dourados (MS): R$ 146
      • Mato Grosso: R$ 131 a R$ 135
      • Marabá (PA): R$ 137
      • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,50 (kg)
      • Paraná (noroeste): R$ 150,50
      • Sul (TO): R$ 138
      • Veja a cotação na sua região

Soja

Os contratos futuros da oleaginosa negociados na CBOT fecharam a quinta com preços em baixa. O mercado não sustentou os ganhos que predominaram ao longo do dia e sentiu a pressão do cenário fundamental.

Na maior parte do dia, o bom resultado das exportações semanais garantiu a alta, mas, no final, vendas por parte de especuladores e fundos determinaram a reversão.

Mesmo com previsão de chuvas, a colheita vem avançando e indicando safra recorde nos Estados Unidos. Informações divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) apontam que as exportações líquidas do país, referentes à temporada 2018/2019, com início em 1 de setembro, ficaram em 1,52 milhões de toneladas na semana encerrada em 27 de setembro. O maior comprador foi o México, com 730,4 mil toneladas. Destaque também para a venda de 96 mil toneladas para a Argentina. Analistas esperavam entre 1,2 milhão a 2,05 milhões de toneladas.

Brasil

O mercado doméstico registrou preços mistos nesta quinta. Com a Bolsa de Chicago tendo perdas para a oleaginosa e com o dólar volátil, não houve um comportamento homogêneo para as cotações no país. E o mercado teve mais um dia sem negociações de volumes relevantes.

Soja no mercado físico – por saca de 60 kg

  • Passo Fundo (RS): R$ 89
  • Cascavel (PR): R$ 88
  • Rondonópolis (MT): R$ 80
  • Dourados (MS): R$ 85
  • Porto de Paranaguá (PR): R$ 95
  • Porto de Rio Grande (RS): R$ 95
  • Porto de Santos (SP): R$ 95
  • Porto de São Francisco do Sul (SC): R$ 94
  • Confira mais cotações

Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) – por bushel

    • Novembro/2018: US$ 8,59 (-2,25 cents)
    • Janeiro/2019: US$ 8,73 (-2,75 cents) 

Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com ganho de US$ 1,00 (0,32%), sendo negociada a US$ 312,20 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 29,61 centavos de dólar, com baixa de 0,23 centavo ou 0,77%.


Café

O ritmo da comercialização no mercado brasileiro foi lento nesta quinta, com preços firmes, de estáveis a mais altos. Os ganhos do arábica em Nova York contribuíram para a sustentação das cotações internas, além da procura pelos arábicas de melhor qualidade.

O mercado esteve um pouco mais ativo pela manhã, com destaque ainda para a demanda por cafés mais finos e com certificado. A volatilidade do dólar atrapalhou um melhor andamento na comercialização.

Nova York

O arábica fechou o dia com preços mais altos na Bolsa de Nova York. As cotações subiram diante de fatores técnicos, com o mercado apresentando movimentos de cobertura de posições vendidas. Traders indicaram como notícia altista a queda na produção e exportações de café da Colômbia em setembro, mas os aspectos técnicos são mais fortes no momento.

A produção colombiana em setembro ficou em 1,050 milhão de sacas de 60 quilos, tendo queda de 14,5% no comparativo com o mesmo mês do ano passado, quando a colheita foi de 1,2 milhão de sacas. As informações são da Federação dos Produtores de Café da Colômbia.

Em setembro, as exportações de café da Colômbia foram de 1,104 milhão de sacas, 0,8% menos no comparativo com as 1,112 milhão de sacas do mesmo mês de 2017. No ano de 2018, até setembro, as exportações acumuladas chegam a 9,2 milhões de sacas, 3,1% menos contra as 9,5 milhões de sacas do mesmo período acumulado de 2017.

Segundo o consultor de Safras & Mercado Gil Barabach, ao romper a linha de US$ 1 por libra-peso no contrato dezembro, a posição ganhou força técnica e avançou acima das médias mais curtas e da importante referência de 40 períodos. Mas, em meio ao movimento, esbarrou na média de 100 períodos e perdeu força, o que resultou nas perdas do dia anterior. O mercado não superou a linha de US$ 1,10. Ainda assim, teve força técnica para subir nesta quinta, mas também esse movimento perdeu intensidade ao final da sessão.

Barabach indica que o desafio de alta é vencer as resistências de 110 centavos e a média de 100 períodos, o que mudaria efetivamente o status de longo prazo deste movimento. O objetivo de alta é o topo gráfico em 113,50 centavos. “Mas, atenção, pois ao esbarrar na resistência de 100 períodos, o mercado mostrou fraqueza técnica e formou uma figura de reversão no gráfico (estrela cadente), o que abre espaço para correções baixistas”, adverte.

Londres

Na bolsa inglesa, o café robusta encerrou as operações com preços acentuadamente mais altos. Segundo traders, as cotações subiram acompanhando a valorização do arábica em NY.

Os ganhos estiveram associados no dia mais a aspectos técnicos, com cobertura de posições vendidas.

Café no mercado físico – por saca de 60 kg

    • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 420 a R$ 425
    • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 425 a R$ 430
    • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 355 a R$ 360
    • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 318 a R$ 320
    • Confira mais cotações

Café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) – por libra-peso

      • Dezembro/2018: US$c 106,95 (+0,35 cents)
      • Março/2019: US$c 110,40 (+0,35 cents)

Café robusta na Bolsa de Londres (Liffe) – por tonelada

      • Novembro/2018: US$ 1.616 (+US$ 28)
      • Janeiro/2019: US$ 1.615 (+US$ 29)

Dólar e Ibovespa

A cotação do dólar fechou esta quinta, dia 4, com pequena alta de 0,22%, cotada a R$ 3,8960 para venda interrompendo os três últimos pregões em baixa. De acordo com a Safras & Mercado, durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,8800 e a máxima de R$ 3,9360.

O Banco Central realizou swaps cambiais (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro) tradicionais, sem efetuar nenhum leilão futuro de venda do dólar.

O índice B3, da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), encerrou o pregão em baixa de 0,38%, com 82.952 pontos. Papéis de grandes companhias, como Petrobras, encerraram o dia em alta de 0,97%, Bradesco subindo 0,48% e Itau com valorização de 0,11%.


Previsão do tempo para sexta-feira, dia 5

 

Sul

Nesta sexta, a chuva deve se afastar do Sul e o tempo vai ficar firme na maior parte da região. Apenas no leste e norte paranaenses e também no litoral catarinense é que tem muitas nuvens e pode chover a qualquer hora do dia, mas com acumulados menos expressivos que nos dias anteriores.

O sistema de alta pressão atmosférica, que está no Uruguai, influencia o tempo nas demais áreas e, por isso, o sol aparece ao longo do dia. Porém, as temperaturas não sobem muito e a sensação é de frio no amanhecer e amena à tarde.

Atenção para as áreas litorâneas. A Marinha do Brasil alerta para o risco de ressaca entre Chuí (RS) e Laguna (SC), com ondas de até 2,5 metros, válido até a tarde do sábado.

Sudeste

A frente fria avança até o Espírito Santo e a chuva deve ser mais frequente na faixa leste. O dia segue com muitas nuvens desde o sul de São Paulo até o norte capixaba, com previsão para chover a qualquer hora do dia. Mas os acumulados não devem ser tão expressivos.

No interior da região, as pancadas de chuva ocorrem especialmente na parte da tarde e nas áreas paulistas há potencial para chover de moderada a forte intensidade, com trovoadas.

Apenas ao norte de Minas é que a chuva não consegue chegar, sendo mais um dia de sol e calor.

Centro-Oeste

A situação permanece a mesma dos últimos dias: chuva, com exceção do nordeste de Goiás. As pancadas mais intensas ocorrem no centro-oeste e sul do Mato Grosso e no norte Mato Grosso do Sul. Há risco para queda de granizo.

As temperaturas seguem amenas no estado sul-mato-grossense, porém, nas outras áreas do Centro-Oeste, mesmo com previsão para chuva, o calorão continua.

Nordeste

Sexta-feira com predomínio de sol. As chuvas atingem apenas o litoral da Bahia, Sergipe e Alagoas pela manhã e o centro-sul do Maranhão, à tarde.

A condição segue de chuva rápida em partes do litoral nordestino e os termômetros continuam elevados em toda a região.

Norte

Tempo fica firme no Amapá. Nas demais áreas, as nuvens carregadas ganham força ao longo do dia e as pancadas de chuva ocorrem entre a tarde e a noite, com trovoadas. Os volumes mais expressivos acontecem na metade oeste da região.

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