China anuncia pacote de medidas para estimular economia

País investirá US$ 586 bilhões até o final de 2010 para facilitar o consumo interno perante a criseO Conselho de Estado (Executivo) chinês anunciou neste domingo, dia 9, um investimento de US$ 586 bilhões até o final de 2010 para facilitar o investimento e o consumo interno, e fazer frente aos efeitos negativos da crise financeira internacional.

O número representa quase 20% dos US$ 3,3 trilhões do Produto Interno Bruto (PIB) da China em 2007.

A redução das restrições creditícias e de financiamento é para aumentar o investimento, em um esforço para enfrentar o contexto econômico internacional adverso, através do fomento da demanda interna.

A decisão, anunciada pelo Conselho de Estado, foi aprovada após a reunião do Executivo na quarta-feira, presidida pelo primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao. Em seu site, o Executivo chinês afirmou que a China adotará uma política fiscal pró-ativa.

A medida de estímulo da economia doméstica ocorre menos de uma semana antes de Wen ir a Washington, acompanhando do presidente chinês, Hu Jintao, para participar da cúpula do G20.

Neste sábado, dia 8, no Brasil, o governador do banco central chinês, Zhou Xiaochuan, afirmou que a melhor maneira para estabilizar a economia chinesa é impulsionar a demanda interna. Segundo o Executivo chinês, o investimento estatal será parte de um plano de estímulo econômico destinado a impulsionar o crescimento econômico.

Grande parte do investimento será destinada a infra-estruturas e à reconstrução na província de Sichuan, atingida por um terremoto. Além disso, o governo chinês desenvolverá a reforma do imposto ao valor agregado para reduzir a carga tributária das empresas.

O pacote de medidas destinadas a estimular a economia abrangerá até 2010 dez programas de impulso à vida da população, como casas para pessoas de baixa renda, infra-estruturas rurais, rede de transporte, meio ambiente, inovação tecnológica e reconstrução posterior aos desastres naturais.

O teto creditício dos bancos comerciais também será suprimido, a fim de canalizar mais empréstimos para projetos prioritários, no interior do país, em pequenas e médias empresas, inovação tecnológica, fusões e aquisições.