A conclusão é de um estudo apresentado nesta quarta, dia 13, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que alerta para o risco de o caráter multilateral do grupo ser enfraquecido pela força chinesa nessas relações.
Maior economia entre os Brics, a China influencia o desenho da integração que o Brasil tem construído com o grupo, segundo o Ipea. O gigante asiático já é o maior parceiro comercial brasileiro, mas a pauta de exportações do país se concentra em produtos primários e commodities, assim como ocorre nos embarques para Índia e Rússia. Apenas nas vendas para a África do Sul a participação de manufaturados é maior que a de básicos.
Apesar de manter superávit comercial com os Brics, ressalta o estudo, o Brasil em geral tem exportado bens primários e intermediários para o grupo e importado manufaturados mais sofisticados.
? A questão é que isso pode, no médio e longo prazo, dificultar, ou até bloquear, os anseios brasileiros por integrar-se ao mundo industrializado desenvolvido ? afirma o documento.