O Paraná deve manter o índice inicial de produtividade da soja, estimado em 13 milhões e 800 mil toneladas, de acordo com a secretaria estadual de agricultura. As chuvas, acima da média, estão surpreendendo os produtores parananeses. Em dezembro, na região de Londrina, no norte do Estado, choveu 220 milímetros, volume 10% maior do que a média histórica.
Os produtores começaram esta safra muito preocupados com o clima. A previsão era de um ano sob influência do La Niña, com chuvas irregulares e abaixo da média. Mas os efeitos do fenômeno não vêm se confirmando. Com o clima mais favorável, a expectativa é de boa produtividade.
No município de Cambé, os produtores esperam colher 60 sacas de soja por hectare.
? A gente estava meio receoso devido ao clima, com o efeito do La Niña que poderia causar estiagem e chuvas irregulares, o que não ocorreu até o exato momento. Até o exato momento, as chuvas estão bem distribuídas dentro dos níveis necessários e até agora está ocorrendo um bom desenvolvimento da lavoura ? afirma o produtor rural João Paulo Wasciki.
Na fase de floração, o estágio da planta é crítico. Para manter os bons resultados, o produtor espera que as chuvas continuem regulares e fiquem, a partir de agora, dentro da média de 50 milímetros por semana. Mas a atenção do produtor deve estar em outros fatores que vão garantir os bons resultados.
? Nessa fase reprodutiva, o agricultor tem que ter nas mãos a lupa para verificar a presença ou não da ferrugem. À medida que essa ferrugem estiver na região, com a umidade alta, ele vai fazer as aplicações. Mas muitos produtores ficam assustados e estão fazendo essas aplicações. Então, esse período de floração é um período muito crítico para a soja, onde ele pode ter queda de produtividade se tiver algum problema de ferrugem nessa época ? alerta o engenheiro agrônomo Alcides Bdnar, da Emater.