O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou nesta quinta, dia 31, a distribuição dos recursos para o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) em 2016. A Lei Orçamentária deste ano prevê R$ 4,8 bilhões para empréstimos do fundo. Desse total, R$ 4,6 bilhões foram repartidos entre diferentes modalidades de crédito, como operações de custeio e financiamento para aquisição de café. Os R$ 200 milhões restantes ficarão reservados como margem de contingência, caso haja demanda adicional por crédito.
Do montante distribuído pelo CMN, R$ 950 milhões são para operações de custeio, o mesmo valor de 2015. O crédito para estocagem aumentou, de R$ 1,5 bilhão, no ano passado, para R$ 1,752 bilhão este ano. O recurso para financiar a aquisição de café, por sua vez, será R$ 1 bilhão em 2016, ante R$ 750 milhões em 2015. O crédito para financiar contratos de opção e de operações em mercados futuros foi definido em R$ 10 milhões e, para recuperação de cafezais danificados, em R$ 20 milhões, ambos sem alteração em relação ao ano passado.
O colegiado destinou R$ 900 milhões para financiamento de capital de giro, sendo R$ 200 milhões para indústrias de café solúvel, R$ 300 milhões para indústrias de torrefação de café e R$ 400 milhões para cooperativas de produção do grão. Os valores também são iguais aos destinados em 2015.
Para o CMC um “outro ponto bacana dessa antecipação é que os produtores poderão estar com os recursos em mãos com a colheita em seu início, por volta de meados de maio, o que não os pressiona a vender, a preços aviltados, para honrar os compromissos”, afirmou o diretor de Comunicação da entidade, Paulo Kawasaki.