A colheita da safra 2015/2016 de café arábica atingiu mais da metade do total até o final de julho, segundo levantamento realizado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.
Os trabalhos em Minas Gerais, principal produtor da variedade, alcançam 60% do volume esperado na Zona da Mata e 50% no Cerrado e no Sul. O resultado está levemente abaixo do registrado no mesmo período do ano passado, visto que em 2014 o inverno foi mais seco, facilitando os trabalhos. No entanto, a produção de 2015 deve ser maior.
Na região de atuação da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), a maior cooperativa do setor do mundo, a colheita manteve o ritmo da semana passada e avançou mais 7 pontos porcentuais. Até o último dia 25, 41,57% da produção havia sido colhida. No mesmo período do ano passado, 64,56% da produção da cooperativa já tinha sido colhida.
Em Garça, São Paulo, e no noroeste do Paraná, a estimativa é que a colheita esteja se aproximando dos 60%. Somente na região Mogiana, interior paulista, é que ainda está abaixo da metade, por volta de 40%.
A qualidade do café, afirma o Cepea, deve melhorar nas próximas semanas diante do clima mais estável visto desde a semana passada, favorecendo a secagem dos grãos. Parte dos lotes tem apresentado grãos menores, em linha com expectativas iniciais, dado o comportando do clima no desenvolvimento da safra.
A comercialização, por sua vez, permanece lenta, com os produtores reservando os melhores lotes para cumprimento de contratos e para quando os preços estiverem maiores. Na quarta, dia 29, o Indicador Cepea/Esalq do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto em São Paulo, fechou a R$ 421,51 a saca de 60 quilos, ganho de 1% na parcial deste mês.