Em Carazinho, no norte gaúcho, as primeiras áreas começaram a ser colhidas esta semana. A expectativa é de aumento de cerca de 9% na produção, para 8,4 milhões de toneladas, segundo a Emater.
Na propriedade de Francisco Schreiner, 53 anos, são 12 horas diárias de trabalho para concluir a colheita. Nos 71 hectares, o capataz Santo Ramos, 43 anos, completa uma jornada que se iniciou ainda em 2009, no plantio. Debaixo de sol forte, Ramos comemora os primeiros resultados da produção deste ano. A média colhida por hectare chegou a 50 sacas ? superior à média de 45 sacas por hectare produzidas no ano anterior.
? Deverá ser melhor do que no ano passado ? avalia Schreiner, que planeja aumentar a área plantada de soja na próxima safra se obtiver lucro agora.
A colheita começa a ganhar velocidade nas próximas semanas. De acordo com o agrônomo da Emater Cláudio Doro, boa parte dos produtores do norte gaúcho plantaram a soja mais tarde e vão colher com atraso.
Essa mudança no período da colheita preocupa o agrônomo. Para o especialista, a falta de umidade nas lavouras verificada nos últimos dias pode prejudicar a produtividade.
? Nos últimos 10 dias, não tivemos volumes de chuva suficientes na região. Se continuar assim, poderemos ter problemas ? avalia.
Além disso, a soja está valendo menos do que no ano passado. Nessa quinta, dia 4, a saca da oleaginosa estava cotada a um preço médio de R$ 35. Em igual período em 2009, custava R$ 46.