Fazer mudas de café é uma arte que a família Andreazi domina há mais de 40 anos. No município de Cambé, na grande Londrina, em 1,5 hectare eles produzem em média 200 mil pés por ano. A areia é preparada com adubo orgânico e a semente tem que ter qualidade explica o viveirista.
? Se fizermos mudas ruins, não teremos clientela. É trabalhoso, mas tem que ter qualidade no que faz ? explica Pedro Andreazi.
A surpresa esse ano ficou por conta da alta demanda. No Paraná os produtores estão renovando os cafezais e também ampliando a produção. Com a valorização do café brasileiro no mercado internacional, houve uma busca mais intensa pelas mudas. No viveiro da família Andreazi, tudo que há já foi comercializado.
? Está faltando muda e isso não se faz de um dia pro outro. Se tivéssemos 10 mil, venderíamos tudo. É bom porque o café dá emprego pra todo mundo, a turma volta a produzir ? afirma Pedro.
O classificador de grãos e provador profissional de café, Carlos Amaral avalia que as novas técnicas de plantio e colheita mecanizada tem feito o produtor reinvestir na cultura.
? Se todo mundo plantar café, vai ter excesso. O que tem são lavouras novas, substituição para colheita mecânica. A área do Paraná está caindo, mas mantém a produção, planta de uma maneira mais tecnológica. A colheita mecânica e as sementes novas estão ajudando ? ressalta Amaral.