Segundo o analista da consultoria, Gil Barabach, o produtor continua direcionando vendas ao café remanescente da safra 2011, cuja disponibilidade ainda é elevada para a época do ano. A alta do dólar acelerou o interesse de venda. O analista indica que o comprador segue na defensiva, posicionando-se da “mão-para-boca”, aguardando o avanço da oferta do café novo e seus efeitos sobre os preços, o que já começa a acontecer.
Já a comercialização da safra de café do Brasil 2011/2012 (julho/junho) engloba 92% da produção total obtida no último ano-safra, segundo levantamento da consultoria, com base em informações colhidas até 15 de maio. Com isso, já foram comercializados pelos produtores brasileiros 43,84 milhões de sacas de 60 quilos de café, tomando-se por base a projeção da Safras & Mercado, de uma safra de café brasileira de 47,7 milhões de sacas. No mesmo período do ano passado, a comercialização estava em 93%.
Barabach ressalta que nesse momento o destaque na ponta vendedora é a forte presença de cooperativas no Sul de Minas, que aproveitam o dólar melhor e a reação interna para aumentar os lotes ofertados no mercado, favorecendo o andamento das vendas. A chegada da safra nova e a necessidade de caixa de alguns produtores também justificam essa postura mais agressiva, aponta.