Conab visita Espírito Santo para fazer contagem de sacas de café conilon

A questão do estoque ainda é alvo de controvérsia entre a Conab e o Ministério da Agricultura, de um lado, e produtores, de outro

Fonte: Divulgação/Pixabay

O superintendente de Informações do Agronegócio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Aroldo Antônio de Oliveira Neto, fez nesta quinta-feira, di 9, uma defesa dos números da instituição a respeito do café conilon estocado no Espírito Santo. A questão do estoque é alvo de controvérsia entre a Conab e o Ministério da Agricultura, de um lado, e produtores do Estado, de outro.
 
De acordo com a Conab, há 2 milhões de sacas de 60 kg de café nos armazéns do Estado – um montante insuficiente para abastecer a indústria de café brasileira a preços competitivos. Em função disso, o Ministério da Agricultura planeja abrir a importação de 1 milhão de sacas de café.

Na quarta, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou que a decisão técnica já está tomada e que aguarda apenas até a sexta para anunciar a importação. A demora no anúncio ocorre em virtude da pressão política dos produtores, que alegam ter 4 milhões de sacas em estoque. Eles têm até a sexta-feira, 10, para comprovar isso. 

Oliveira Neto, no entanto, defendeu os dados da Conab. “Os números que a Conab levantou no Espírito Santo foram dos estoques existentes nos armazéns. A companhia esteve 11 dias no Estado, com seus técnicos, e fomos aos armazéns”, afirmou. “Fomos a 37 municípios. Observamos 80% dos armazéns, entramos e contamos as sacas de café. Não foi informação declaratória.”

O superintendente acrescentou que a decisão sobre a abertura de importação, que sai na sexta, é política, e cabe ao governo.