O consumo mundial de café no ano civil de 2015 está estimado em 152,1 milhões de sacas de 60 kg, em comparação com 150,3 milhões de sacas em 2014. A projeção é da Organização Internacional do Café (OIC), em relatório mensal apresentado nesta sexta, dia 4. Segundo a OIC, o desempenho representa “um aumento um pouco mais modesto (1,2%) do que em anos recentes. Nos quatro últimos anos, o crescimento anual registra média de 2%.
Conforme a OIC, a demanda no maior consumidor mundial, a União Europeia (UE), estagnou em 42 milhões de saca, crescendo em média 0,8% por ano desde 2012. Já nos EUA a demanda por café continua a crescer a uma taxa média de 3,2% ao ano, alcançando 24,4 milhões de sacas em 2015. No Japão, a taxa média de crescimento é de 2,4%, elevando a demanda a 7,6 milhões de sacas. O total do consumo nos países importadores é estimado em 104,9 milhões de sacas.
Nos países exportadores de café, em geral, “o dinamismo da demanda foi maior em anos recentes, e essa tendência prosseguiu em 2015”, diz a organização. No Brasil, o crescimento médio do consumo baixou para 0,5%, mas o volume consumido continua alto, alcançando 20,5 milhões de sacas. “Foi na Ásia que se viu grande parte da expansão recente, com taxas de crescimento de 4,5 a 9% na Indonésia, Filipinas, Índia e Tailândia”, relata a OIC. Com uma taxa média anual de crescimento de 2,3% nos últimos quatro anos, o consumo total nos países exportadores é estimado em 47,3 milhões de sacas.
A média mensal do preço composto da OIC subiu 0,8% em fevereiro, para 111,75 centavos de dólar por libra-peso, em comparação com 110,89 centavos em janeiro. Em sua evolução diária, porém, os preços acabaram fracos, tendo caído para 110,07 centavos no fim do mês, diz a organização. A média dos preços dos três grupos de café arábica terminou mais alta do que no mês anterior. A média robusta, no entanto, caiu pelo quarto mês consecutivo, atingindo o nível mais baixo desde maio de 2010.