Só a cooperativa de Rolândia (Corol), no norte do Estado, comprou 1,6 milhão de litros de defensivos químicos para seus oito mil associados. Os fertilizantes somam 76 mil toneladas para a safra de verão. Segundo informações do setor, os preços subiram 100% nos últimos 12 meses.
O consórcio busca reduzir os valores com a compra de grandes volumes, já que representa 60,5 mil produtores cooperados no Paraná. Para o presidente da Corol e diretor secretário do Coonagro, só com fungicidas a economia pode chegar a 30%. Mas os vilões são mesmo os fertilizantes. No Estado, eles representam 25% do custo total das lavouras de milho, 22% do trigo e 20% da soja.
Os produtores consorciados pretendem importar insumos de forma direta e, no próximo semestre, começam a buscar o melhor preço para um milhão de toneladas de fertilizantes que devem usar na próxima safra. Produtos veterinários também estão na lista de compras, pois algumas cooperativas são de pecuaristas. Porém, a idéia, no futuro, é ampliar a atuação para a produção própria de adubos e outros produtos.
As 21 cooperativas consorciadas representam 60% do faturamento do setor no Estado, que deve chegar a R$ 20 bilhões até o final do ano, conforme a Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar). Isso deve fazer diferença para os fabricantes e revendedores de insumos, especialmente quando os cooperados estiverem produzindo o volume que consomem.