? É prioridade do governo focar em países como a Coreia, mercado que investe R$ 1 bilhão por ano na importação de carnes suína e bovina ? informa.
Ele lembra que país asiático tem população de 50 milhões de habitantes e a renda per capita coreana é o dobro da brasileira. Porto participa da terceira reunião do Comitê de Cooperação Agrícola Brasil e Coreia do Sul (CCA Brasil-Coreia), que se realiza na capital paulista.
O secretário enfatiza que a abertura do mercado coreano para a carne suína brasileira significa buscar um equilíbrio na balança comercial total entre os dois países, hoje deficitária para o Brasil em cerca de US$ 2 bilhões.
? Somos fortes na exportação de vegetais para a Coreia e esperamos iniciar o comércio da carne suína de Santa Catarina em 2011 ? disse.
Porto avalia ainda que o acesso de SC a mercados importantes pode servir como estímulo para outros estados brasileiros alcançarem o status de zona livre de aftosa sem vacinação.
A cooperação entre os dois países também está na pauta do encontro. O Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), ligado à Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, e o Instituto de Pesquisa Alimentar da Coreia, assinaram memorando de entendimento, nesta quinta, dia 2 de dezembro. A finalidade é permitir o intercâmbio de experiências e pesquisas em processamento e controle de qualidade de produtos agropecuários e pescados.
Brasil e Coreia trocaram ainda informações sobre políticas de fomento e biotecnologia agrícola. O Ministério da Agricultura brasileiro apresentou ações de incentivo à produção sustentável, como o programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC). O programa coloca R$ 2 bilhões à disposição dos produtores rurais que investirem em práticas que tragam maior produtividade à lavoura e redução da emissão dos gases de efeito estufa.
A reunião do CCA Brasil-Coreia se encerra nesta sexta, dia 3 de dezembro, quando serão tratadas questões sanitárias relativas às exportações brasileiras de carne suína in natura e das carnes suína e bovina termoprocessadas.