Os vídeos do Ministério Público, veiculados pela TV Justiça e também na internet, relacionam a carne ilegal ao trabalho escravo, lavagem de dinheiro e desmatamento. Com o argumento de que o material estaria prejudicando a comercialização da carne brasileira, a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu (DEM-TO), moveu uma ação popular contra os criadores das peças.
? Uma campanha difamatória, destrutiva e que traz preocupação e que facilita a vida a dos nossos concorrentes em outros países. São brasileiros trabalhando contra o Brasil ? diz Kátia.
Ainda segundo a CNA, teriam sido destinados à campanha R$ 400 mil dos cofres públicos por meio de licitação que não previa a confecção de material publicitário. A entidade questiona também a assinatura de termos de ajustamento de conduta entre o Ministério Público e frigoríficos do Pará.
Os documentos prevêem o cumprimento de medidas, que de acordo com a CNA, se apóiam em itens inexistentes na Constituição. A Confederação acusa o Ministério Público de estar ligado a ações de intimidação promovidas por Organizações Não Governamentais.
? Os frigoríficos são ameaçados por ONGs no sentido de que irão distribuir para o mundo todo que esses frigoríficos compram carne de trabalho escravo, de desmatamento ilegal, jogando todos na ilegalidade ? defende a presidente da CNA.
O Ministério Público Federal do Pará informou que está fazendo apenas o que a legislação determina e que não possui nenhum tipo de relação com ações desenvolvidas por ONGs.