No mundo das letras, os números também impressionam: são 2,2 milhões de exemplares expostos nos 60 mil metros quadrados da Bienal. Em 11 dias, serão lançados 4,2 mil novos livros. Entre tantos títulos, há também publicações que tratam de agricultura. Um tema que tem conquistado espaço entre as editoras brasileiras.
? Realizamos uma pesquisa que aponta crescimento de publicações de livros técnico-científicos, onde se encaixam os do agronegócio. Esse aumento acompanha o bom momento do setor ? diz o diretor da Câmara Brasileira do Livro, Eduardo Mendes.
A Embrapa participa da Bienal pela segunda vez. Responsável pela publicação de 60 livros por ano, a empresa de pesquisa expõe no evento 330 obras. Nesta edição, apresenta uma nova linha editorial.
? Antigamente, eram extramente técnicos; agora, as capas são mais coloridas, e os textos de fácil compreensão para leigos e também para técnicos ? compara a analista da Embrapa Andréia Siqueira.
Um dos livros que será lançado na Bienal é “O Cultivo de Alcaparras”, do mineiro Sérgio Petta. O tema relacionado à agricultura é uma novidade entre as publicações do grupo editorial Scortecci.
? Isso abre portas para a gente continuar publicando. Não imaginava q o tema fosse ter tanta aceitação ? declara o diretor da companhia, João Scortecci.
Na Bienal deste ano, um dos homenageados é Monteiro Lobato. O escritor buscou inspiração no cenário rural para imortalizar personagens da literatura infantil brasileira.
Jeca Tatu, Saci Pererê e a turma do sítio do Picapau Amarelo moravam na roça e até hoje encantam leitores de todas as idades.
? Monteiro Lobato lembra infância, da criança solta no sítio, do contato com a natureza e com os animais ? afirma a professora Izilda Caligiuri.
Na Bienal, a primeira obra escrita por Monteiro Lobato ganhou uma versão online. O livro eletrônico é interativo e promete ser um sucesso de vendas.