O combate à broca do café, uma das principais pragas da cafeicultura, se tornou um grande desafio para os produtores, indústrias e exportadores do produto, desde a proibição do defensivo agrícola endossulfan, em 2013. Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o banimento do ingrediente ativo, reconhecido pelo baixo custo de aplicação e pela eficiência no campo, provocou o aumento da incidência da broca nas plantações de café.
Para mudar esse quadro, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) aprovaram o registro definitivo dos defensivos Benevia e Voliam Targo, ambos fabricados pela empresa Syngenta.
De acordo com a CNA, a autorização dos produtos representa uma vitória para o setor, já que os prejuízos causados pela praga, tanto na quantidade produzida, quanto na qualidade dos grãos, enfim, serão reduzidos. O registro definitivo também possibilita a rotatividade dos produtos disponíveis no mercado e evita a resistência da praga aos princípios ativos.
Além desses dois defensivos agrícolas, segundo a CNA, o setor cafeeiro pode aguardar mais dois produtos para o controle da broca. Em janeiro de 2016, o Mapa divulgou uma lista que definia as doenças e pragas com maior risco à agricultura brasileira e os ingredientes ativos prioritários no combate à broca. Na lista aparecem as moléculas Metaflumizone e a combinação entre Bifentrina + Acetamiprid.
Informações técnicas básicas sobre os dois defensivos: