Em São Paulo, a arroba do suíno foi cotada a R$ 47,00 (CIF Frigorífico), para pagamento em 28 dias, contra R$ 54,00 da semana anterior, desvalorização de 13%.
? O mercado esteve ofertado e a demanda de modo geral se mostrou tímida ? comenta Rafael Blaca, analista de Safras & Mercado, para quem não há expectativa de reação das cotações no curtíssimo prazo.
Blaca destaca, inclusive, que a queda de preços em São Paulo pode refletir negativamente em outras regiões. No Rio Grande do Sul, o quilo vivo do suíno foi cotado a R$ 1,90 na integração, patamar que repete a semana anterior. No interior do Estado, o preço recebido pelos produtores independentes ficou em R$ 2,05 contra R$ 1,85 do dia 15.
Em Santa Catarina, o preço praticado na integração foi mantido em R$ 1,90 por quilo vivo, enquanto o produtor independente recebeu R$ 2,05 contra R$ 1,80 da semana anterior. No Paraná, o quilo do suíno na região Oeste ficou em R$ 2,00 nesta quinta-feira, para pagamento em 14 dias, contra R$ 1,80 da última semana. Em Arapoti, preço foi de R$ 1,95 quilo, para pagamento à vista, contra R$ 1,90 da última semana.
Em Mato Grosso, o quilo vivo do suíno seguiu cotado a R$ 2,05 em Rondonópolis, para pagamento em 30 dias, sem alteração se comparado à semana passada.
Na opinião do presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Rubens Valentini, o cenário atual dificulta até mesmo previsões para a suinocultura brasileira, embora o setor tenha no mercado interno grande oportunidade de investimento. Valentini observa que o quadro ruim de mercado internacional trouxe dificuldades às empresas especializadas em exportar carne suína, o que gerou sobra de produtos para colocação no mercado interno.
? Isso acaba refletindo na forte queda de preço pago ao suinocultor brasileiro em todos os Estados, especialmente na região Sul, ainda que os preços para o consumidor final não tenham apresentado recuo ? analisou o dirigente, em conversa à Agência Safras.